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MST faz doação de alimentos a brasileiros presos na Faixa de Gaza

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) acompanha de perto a situação dos brasileiros na Faixa de Gaza e confirmou doação do MST

atualizado

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Manuela Hernandez/Assentamento Pirituba SP
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1 de 1 Imagem colorida mostra MST faz doação de alimentos a brasileiros presos na Faixa de Gaza - Metrópoles - Foto: Manuela Hernandez/Assentamento Pirituba SP

Por conta de bombardeios constantes de Israel, itens como comida, água e medicamento faltam aos brasileiros que estão “ilhados” na Faixa de Gaza. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) doou duas toneladas de alimentos ao grupo.

A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Itamaraty, que acompanha a situação de perto. Tanto o governo federal quanto a sociedade civil têm se organizado para auxiliar essas pessoas.

O carregamento do MST contém arroz, derivados de milho e leite em pó, e é levado à região por meio de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

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Doação do MST chegará por meio do Egito

A saída dos brasileiros da região, que deve ocorrer pela passagem de Rafah, depende de uma autorização tanto de Israel como do Egito. Um avião aguarda no Cairo (Egito) desde a quarta-feira (18/10) para buscá-los. É pelo mesmo local que chegará a doação do MST.

O voo parte nesta segunda-feira (30/10) do Brasil para o Egito. São, ao todo, 34 pessoas sob cuidados do Brasil na região da Faixa de Gaza. Desses, 24 são brasileiros, e 3 são palestinos e parentes próximos dos brasileiros. O grupo é composto por 18 crianças, 10 mulheres e 6 homens.

No meio desses grupos de repatriados, está o menino Bader Monir, de 11 anos, que afirmou ter medo de morrer no conflito e que queria vir logo para o Brasil. Os futuros repatriados aguardam nas cidades de Rafah e de Khan Yunis, seja em abrigos temporários ou nas próprias residências, a autorização para cruzar a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, por meio da passagem de Rafah.

Já morreram mais de 9,1 mil pessoas no conflito que ocorre no Oriente Médio desde o dia 7 de outubro. Desse número, mais de 7,6 mil são palestinos, de acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza (MOH).

Dados e diplomacia

O número de mortos na Faixa de Gaza está em 7,6 mil, e são mais de 19,4 mil feridos, de acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza (MOH). Desses números, 70% seriam mortes de mulheres e crianças. A estatística chega a 1,9 mil feridos e 111 mortos na Cisjordânia. Somando os 1,4 mil mortos em Israel durante o ataque do Hamas em 7 de outubro, o total chega a 9.161 vidas perdidas no Oriente Médio só neste mês.

Apesar da situação alarmante, o embaixador brasileiro afirmou ter segurança de que os prédios com brasileiros não seriam afetados. Contudo, o grupo Hamas chegou a divulgar que 50 reféns foram mortos durante os bombardeios de Israel na quinta-feira (26/10).

Na manhã da quinta-feira (26/10), nove países árabes se posicionaram contra os ataques de Israel promovidos na Faixa de Gaza. Já na última terça-feira (25/10), Israel inclusive reagiu às falas do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. O aumento da tensão na região tem sido cada vez mais visível, principalmente devido aos conflitos com os grupos Hamas e Hezbollah.

Quanto ao Brasil, mais de 1,4 mil pessoas foram repatriadas desde o início dos conflitos no Oriente Médio, e a última aeronave vinda de Israel chegou nesta madrugada. Faltam, agora, os brasileiros que estão na Faixa de Gaza – impedidos de chegar à passagem de Rafah, para o Egito, devido ao conflito. Contudo, ainda não há uma previsão de quando haverá o desembarque desses passageiros, que serão transportados por meio da aeronave VC-2 (Embraer 190) da FAB, já que ainda não há autorização para resgate dos brasileiros.

A aeronave está no Cairo, no Egito, desde quarta-feira (18/10) passada, e também levou kits humanitários. Foram enviados 40 purificadores de água e kits de medicamentos e insumos de saúde para ajuda humanitária. Os purificadores têm capacidade de tratar mais de 220 mil litros por dia.

Essas negociações ocorrem por meio do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro das Relações Exteriores (MRE), Mauro Vieira. Entre sexta-feira (13/10) e sábado (14/10), Lula negociou diretamente com os presidentes de Israel, Isaac Herzogdo Egito, Abdul Fatah al-Sisi, e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

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