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Líderes globais temem pressão extrema nos setores de petróleo e comida

Após reuniões da cúpula da Otan, do conselho da União Europeia e do G7, consenso foi de que é preciso atenção com as consequências da guerra

atualizado

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Foto: Dursun Aydemir/Getty Images
Emmanuel Macron e Joe Biden conversam de máscara
1 de 1 Emmanuel Macron e Joe Biden conversam de máscara - Foto: Foto: Dursun Aydemir/Getty Images

O encerramento do primeiro mês de guerra na Ucrânia deixou um mensagem clara. O mundo está preocupado com os efeitos do conflito no petróleo, na oferta de comida e no abastecimento energético europeu.

Após reuniões da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), do conselho da União Europeia e do G7 — grupo dos países mais ricos do mundo —, o consenso foi de que é preciso agir para minimizar os efeitos inevitáveis do conflito.

Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, abordaram o assunto com muita firmeza na quinta-feira (24/3).

Biden alertou que a escassez de alimentos “vai ser real”. Macron analisa que a crise na segurança alimentar será “sem precedentes”.

“O preço das sanções não vai ser só para a Rússia, será em muitos países, incluindo países europeus e nosso país também”, destacou o chefe da Casa Branca.

“Países, incluindo alguns do Oriente Médio e do Norte da África, são particularmente dependentes das exportações ucranianas e russas”, explicou o francês.

Cortar relações

A União Europeia discutiu cortar ou não as ligações energéticas da Rússia com a Alemanha. E o principal: como.  O país é dependente do gás natural russo.

A maior parte do produto é distribuída para a União Europeia por meio de gasodutos que estão na zona de conflito.

A Rússia já ameaçou cortar o fornecimento, e a operação de um novo gasoduto foi barrada pela Alemanha. A União Europeia estuda como diminuir a dependência do produto russo. Contudo, são projetos a longo prazo.

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Os efeitos não são somente econômicos. Os europeus podem literalmente congelar sem o gás russo. Com inverno rigoroso, essa é uma das principais fontes de energia para o aquecimento. Fugir disso significa um alto custo, que a Europa pode não ter como pagar.

O primeiro-ministro da Letônia, Arturs Karins, recomendou cautela, mas reconheceu a importância de se diminuir a dependência energética da Rússia.

“As sanções energéticas são uma maneira de interromper o fluxo de dinheiro para os cofres da guerra de Putin”, defendeu.

Petróleo

Um hipotética proibição da União Europeia ao petróleo da Rússia, o que já foi feito pelos Estados Unidos, prejudicaria os consumidores e deixaria o mercado vulnerável.

O primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, disse que o bloco precisa manter algumas opções abertas caso a crise se agrave, e falou em “abordagem gradual”. “Neste momento, as coisas não estão a melhorar, isso é certo”, ponderou.

O premiê holandês, Mark Rutte, defendeu que nenhuma das novas sanções fosse acordada na quinta-feira, o que ocorreu.

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