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França investirá 100 milhões de euros no direito das mulheres ao aborto

País promete liberar dinheiro para promover anticoncepcionais, aborto seguro e ações de educação sexual no mundo

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1 de 1 bandeira-franca - Foto: Anthony Choren/Unsplash

O governo francês anunciou que investirá 100 milhões de euros nos próximos cinco anos para promover anticoncepcionais, aborto seguro e ações de educação sexual no mundo, fazendo com que as mulheres tenham acesso a direitos sexuais e reprodutivos.

De acordo com Jean-Yves Le Drian, ministro francês das Relações Estrangeiras, o país europeu tem a pretensão de garantir “direitos fundamentais” em um momento que as “forças retrógradas” avançam em diversos países.

O governo de Emmanuel Macron fez esse anúncio no último dia do Fórum Geração da Igualdade, em Paris, na França, que aconteceu nesta sex-feiraa (2/7). Le Drian afirmou que a universalização dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres é essencial para “alcançar a verdadeira igualdade de gênero”.

“Muitas mulheres continuam privadas desses direitos, por mais fundamentais que sejam, em um mundo onde forças retrógradas determinadas e particularmente violentas desafiam sua legitimidade e impedem seu exercício”, continuou ele em seu discurso.

Segundo o portal RFI, as ações do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) receberá apoio de 90 milhões de euros do valor total investido.

Os outros 10 milhões de euros serão divididos igualmente entre o direito ao aborto seguro, financiado através da Organização para o Diálogo sobre Aborto Seguro na África Ocidental e Central, e um programa de acesso equitativo à contracepção.

Jean-Yves Le Drian discursou durante uma conferência sobre “liberdade de escolha sobre o próprio corpo e saúde e direitos sexuais e reprodutivos”. Durante o encontro, países como Bélgica, Estados Unidos e Canadá também assumiram compromissos que favorecem os direitos das mulheres.

Já Asa Regner, diretora-executiva adjunta da ONU Mulheres, instituição que organizou o Fórum, destacou que o acesso aos direitos sexuais e reprodutivos se tornou “ainda mais difícil em alguns países desde a pandemia” do novo coronavírus.

A médica argentina e presidente da Fundação para o Estudo e Investigação da Mulher (FEIM), Mabel Bianco, também esteve presente no encontro e lembrou que a Argentina “lutou durante 31 anos para ter acesso ao aborto”.

O valor que será investido foi lamentado pela Oxfam, organização internacional de combate à pobreza, que afirmou que os anúncios financeiros são “bem-vindos, mas muito insuficientes”.

Cécile Duflot, diretora-geral da Oxfam, declarou que esse fórum “não ficará na história como a Conferência de Pequim de 1995”. E continuou: “Houve belas palavras mas, quanto às ações e compromissos concretos, a começar pelos da França, não estão à altura da atual crise dos direitos da mulher”.

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