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EUA alerta a Rússia: “Apoiaremos a Ucrânia aconteça o que acontecer”

Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou que americanos garantiram ainda a venda de armas e apoio internacional

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O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, discursa na ONU. Ele fala no microfone, olhando para o público que o assiste, com a bandeira do país ao lado enquanto ajeita o óculos - Metrópoles
1 de 1 O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, discursa na ONU. Ele fala no microfone, olhando para o público que o assiste, com a bandeira do país ao lado enquanto ajeita o óculos - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

O governo norte-americano voltou a prometer apoio aos ucranianos diante da ameaça russa de invasão. A tensão no Leste Europeu tem alcançado patamares jamais vistos desde o início da crise com trocas de acusações e aplicação de sanções.

Nesta quarta-feira (23/2), a assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) foi tomada por discursos contra o conflito. Representantes da Rússia, Ucrânia, Estados Unidos, além do secretário-geral da entidade, António Guterres, falaram sobre o tema.

Após a reunião, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba (foto em destaque), disse que o governo dos EUA garantiu que “os Estados Unidos apoiarão a Ucrânia, aconteça o que acontecer”. Kuleba contou detalhes das negociações nesta quarta-feira (23/2) após discursar na ONU.

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Kuleba disse que os Estados Unidos continuarão a fornecer à Ucrânia armas defensivas para aumentar sua capacidade militar e que irão aplicar mais sanções à Rússia.

“Gostaria de garantir que ficaríamos felizes se nunca tivéssemos que pegar essas armas e usá-las no campo de batalha. Nós queremos paz. Mas se a Rússia atacar, temos que estar equipados para revidar”, admitiu Kuleba.

Ele continuou: “Agradecemos, por exemplo, as sanções que já foram impostas, mas isso não é suficiente. E nossos parceiros não devem esperar que foguetes russos atinjam solo ucraniano ou aviões russos cruzem nosso espaço aéreo”.

Ele acrescentou que “não pode ficar totalmente satisfeito” até que “o último soldado russo se retire do território ucraniano”.

Reclamações na ONU

Nesta quarta, a assembleia geral da ONU foi tomada por discursos contra o conflito. Representantes da Rússia, Ucrânia, Estados Unidos, além do secretário-geral da entidade, António Guterres, falaram sobre o tema.

Na segunda-feira (21/2), o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu as regiões separatistas como repúblicas independentes. A decisão foi vista como uma ameaça.

Com isso, nessa terça-feira (22/2), países como Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido anunciaram sanções econômicas ao governo russo para isolar Putin.

Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a União Europeia fizeram alertas para o risco de uma invasão russa ao território ucraniano.

Crise em escalada

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

Nos últimos dias, a crise aumentou. A Rússia enviou soldados para a fronteira com a Ucrânia, reconheceu duas regiões separatistas ucranianas como repúblicas independentes e tem intensificado as atividades militares. A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014, quando anexou a Crimeia ao seu território.

Ucrânia pediu mais armas aos países do Ocidente, sob o argumento de defesa contra a Rússia. Além disso, convocou militares reservistas e liberou porte de armas a civis.

Putin, por sua vez, acusa os ucranianos de desenvolverem armas nucleares, o que colocaria a segurança de Moscou em risco.

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