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Estado Islâmico assume autoria de atentado que matou 84 no Irã

Um dia após o atentado que vitimou mais de 80 pessoas no Irã, Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pela ação terrorista

atualizado

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Stringer/Anadolu via Getty Images
Atentado no Irã durante homenagem a Soleimani
1 de 1 Atentado no Irã durante homenagem a Soleimani - Foto: Stringer/Anadolu via Getty Images

O Estado Islâmico (Isis) assumiu, nesta quinta-feira (4/1), a autoria do atentado suicida no Irã que matou ao menos 84 pessoas durante um evento em homenagem ao ex-general iraniano Qassem Soleimani, morto em um ataque com drone dos Estados Unidos, em 2020. Inicialmente, os serviços de saúde do país informaram que 103 pessoas haviam morrido, contudo, o número foi revisado posteriormente.

Em um comunicado divulgado pela mídia oficial do grupo, o Isis identificou que as explosões na cidade de Kerman foram realizadas pelos terroristas al-Muwahid e Sayf Allah al-Mujahid.

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A recente ação do grupo jihadista é um dos atentados de maior destaque desde que o Estado Islâmico perdeu força e influência após as derrotas no Iraque e Síria. Além dos 84 mortos, o atentado no Irã deixou outras 284 pessoas que participavam do evento em homenagem a Soleimani feridas, segundo o Ministério da Saúde iraniano.

O atentado dessa quarta-feira (3/1), foi o maior da história do país desde a revolução iraniana, em 1979. Por seguir a linha sunita do islamismo, o Estado Islâmico considera os xiitas iranianos como infiéis, e desde sua ascensão realiza ataques contra o país liderado pelo aiatolá Ali Khamenei.

Ascenção e declínio

Após ganhar notoriedade no Oriente Médio no início da década 2010, conquistando territórios no Iraque e na Síria, o Estado Islâmico realizou diversos atentados ao redor do mundo.

Contudo, o grupo jihadista que reivindica a criação de um califado – estado governado por um sucesso direto do profeta Maomé – começou a perder influência em março de 2017, após o governo do Iraque anunciar a retomada do último reduto do Isis no país.

Em seguida, foi a vez da Síria, com a ajuda de uma coalizão internacional, anunciar a vitória contra o Estado Islâmico.

Com as derrotas no Oriente Médio, o grupo extremista migrou para a África, e expandiu suas atividades na região, principalmente na área do Sahel. Apesar do declínio, o último relatório Global Terrorism Index, divulgado anualmente pelo Instituto para Economia e Paz, apontou o Estado Islâmico como o grupo terrorista que mais mata ao redor do mundo. 

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