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Governo da Síria acusa EUA de patrocinar ações do Estado Islâmico

Síria diz que os EUA patrocinam ações do Estado Islâmico com o objetivo de “implementar seus planos” para o país, em guerra civil desde 2011

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Imagem colorida mostra membro do Estado Islâmico segurando a bandeira do grupo terrorista - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra membro do Estado Islâmico segurando a bandeira do grupo terrorista - Metrópoles - Foto: Universal Images Group/Getty Images

A Síria acusou os Estados Unidos de patrocinarem ações do Estado Islâmico e de ameaçar a “soberania e independência” do país presidido por Bashar al-Assad. A declaração foi divulgada no último fim de semana pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros após um ataque terrorista, realizado na última quinta-feira (11/8), deixar 26 soldados sírios mortos. O grupo jihadista assumiu a autoria do atentado um dia depois do episódio.

“A República Árabe da Síria afirma que esta agressão criminosa e terrorista se enquadra na escalada americana contra a soberania, independência e integridade territorial da Síria e no contexto do apoio e patrocínio dos Estados Unidos a organizações terroristas, principalmente o ISIS, e do seu uso como uma ferramenta para implementar seus planos para a Síria e a região”, disse um trecho do comunicado divulgado pela mídia estatal do país.

Segundo o governo sírio, as ações coincidem “com o contínuo saque americano das riquezas petrolíferas e agrícolas da Síria e o aumento da pressão econômica sobre o povo sírio, com o objetivo de prolongar a sua ocupação e continuar a desestabilizar a segurança e estabilidade de toda a região”.

Mais acusações

Esta não é a primeira vez que os Estados Unidos são acusados de alinhamento com o Estado Islâmico. Em maio deste ano, a Rússia afirmou – sem apresentar provas – que estadunidenses utilizam uma base militar na Síria para treinar jihadistas na região.

Apesar de terem lutado lado a lado durante a ascensão do grupo terrorista no Oriente Médio, que chegou a dominar grandes áreas no Iraque e na Síria entre 2014 e 2019, as relações entre os governos da Síria e dos EUA não são das melhores. Damasco é alvo de sanções de Washington desde que a guerra civil explodiu no país, em 2011, com revoltas populares e repressão brutal de manifestantes pelo governo de Bashar al-Assad.

Em 2019, após o Estado Islâmico ser derrotado na Síria, os EUA anunciaram a retirada da maior parte de suas tropas do país. Atualmente, cerca de 900 militares estadunidenses ainda estão na região, principalmente nos arredores de campos de gás e petróleo. A Síria acusa os americanos de tentarem “saquear” as riquezas da região com as tropas remanescentes.

Estado Islâmico

Ainda que as derrotas no Iraque e Síria tenham representado um duro golpe para a organização que assustou o mundo há alguns anos, o Estado Islâmico continua representando um perigo e é alvo de atenção internacional. Segundo dados do último relatório Global Terrorism Index, o grupo continua sendo o que mais mata ao redor do mundo, tendo representado 27% de todo terrorismo mundial em 2022.

Um relatório da Organização das Nações Unidas, divulgado nessa segunda-feira (14/8), afirma que o grupo continua comandando entre 5 mil e 7 mil jihadistas na Síria e no Iraque.

De acordo com especialistas da ONU, o grupo tm adotando uma postura de cautela “ao escolher batalhas que provavelmente resultarão em perdas limitadas durante a reconstrução e recrutamento” de novos membros.

Apesar da queda no número de ações, ataques do Estado Islâmico têm crescido na Síria nos últimos meses. Ao todo, três atentados recentes vitimaram 26 pessoas entre soldados sírios, combatentes pró-governo e civis. Além disso, após as derrotas no Oriente Médio, o grupo passou a se expandir sua atuação na África, principalmente em países da região do Sahel. 

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