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Em meio à guerra na Ucrânia, Rússia admite aproximação com a China

A declaração ocorre no momento em que se fortalecem os rumores de que Pequim estaria fornecendo ajuda militar e econômica a Moscou

atualizado

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SERGEI ILNITSKY/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Vladimir Putin e Xi Jinping China Rússia
1 de 1 Vladimir Putin e Xi Jinping China Rússia - Foto: SERGEI ILNITSKY/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A Rússia mandou recados para o Ocidente em entrevista a agência de notícias russa Interfax. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, admitiu que o país mantém contato com a China e garantiu que irá “fortalecer a cooperação” com o país asiático.

A declaração ocorre em meio a rumores de que Pequim está fornecendo ajuda militar e econômica a Moscou para auxiliar na guerra na Ucrânia. O confronto completa 24 dias neste sábado (19/3).

“Esta cooperação ficará mais forte, porque em um momento em que o Ocidente está descaradamente minando todas as bases sobre as quais o sistema internacional se baseia, é claro que nós, como duas grandes potências, precisamos pensar em como continuar neste mundo”, disse Lavrov.

Os Estados Unidos classificaram como “preocupante” a aproximação entre a Rússia e a China. A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, conversaram por telefone sobre a invasão russa à Ucrânia.

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Vale ressaltar que Xi Jinping e o presidente russo, Vladimir Putin, mantém relações amistosas e são aliados (foto em destaque).

Biden cobrou posicionamento formal do governo chinês contra a guerra. Na conversa, Xi Jinping disse a Biden que o conflito “não interessa a ninguém”. O norte-americanos já ameaçaram a China com sanções caso o apoio seja confirmado.

Clique aqui e leia a cobertura completa da guerra na Ucrânia. 

“A China defende a paz e se opõe à guerra. Isso está embutido na história e na cultura da China”, declarou o governo do país asiático.

Ainda na sexta-feira, a Rússia fez a primeira sinalização formal de que um acordo de cessar-fogo pode ocorrer em breve. A guerra, iniciada em 24 de fevereiro, tem deixado um rastro de devastação na Ucrânia.

Ataques

Rússia afirmou, neste sábado, ter lançado mísseis hipersônicos Kinjal na Ucrânia, com a intenção de destruir um depósito de armas na cidade de Ivano-Frankivsk, localizada no oeste do país.

Esse tipo de armamento é de difícil detecção por sistemas de defesa antimísseis e, segundo militares russos, pode atingir alvos a uma distância de mais de 2 mil km.

Esta teria sido a primeira vez que os russos usam armas desse tipo desde o início do conflito, segundo a agência de notícias Interfax.

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