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Em aceno à Otan, Japão participará de exercícios militares do bloco

Exercícios serão realizados na Alemanha e visam simular uma possível reação a um ataque contra países membros da Otan

atualizado

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Anadolu Agency/Getty Images
Turkish Armed Forces’ deployed to Kosovo
1 de 1 Turkish Armed Forces’ deployed to Kosovo - Foto: Anadolu Agency/Getty Images

Em meio a uma crescente aproximação com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o Japão participará de uma série de exercícios conjuntos liderados pelo bloco militar. As atividades estão previstas para acontecer na Alemanha, entre os dias 12 e 23 deste mês de junho.

Nomeados de Air Defender 23, os exercícios contarão com 10 mil participantes de 25 nações, além de 250 aeronaves, que simularão uma resposta a um possível ataque contra um dos países membros da Otan.

“Isso demonstrará, sem sombra de dúvida, a agilidade e a rapidez de nossa força aliada na Otan como primeira resposta”, disse a embaixadora dos Estados Unidos na Alemanha, Amy Gutmann, em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (7/6).

Além do Japão, que não faz parte da Otan, a Suécia participará do exercício. O país escandinavo tenta entrar na aliança militar, mas a aprovação de seu ingresso ainda é incerta por conta de impasses com a Turquia.

Estreitamento de laços preocupa vizinhos

A participação do Japão no exercício conjunto da Otan é mais um passo na aproximação entre japoneses e o bloco militar. Em maio deste ano, o Ministério das Relações Exteriores japonês anunciou que um “escritório de ligação” da Otan poderia ser aberto em Tóquio, o primeiro do tipo na região.

Porém, o anúncio da possível presença de um braço da Otan na Ásia acendeu o alerta em países vizinhos.

A China – principal rival dos EUA no tabuleiro da geopolítica global – classificou a aproximação entre Japão e Otan como uma ameaça à estabilidade na Ásia e afirmou que “não dá boas-vindas ao confronto de grupo” que a presença da aliança na área poderia provocar.

Nessa terça-feira (6/6), o governo chinês voltou a se pronunciar sobre a aproximação. “O Japão deve tomar a decisão certa de acordo com os interesses de estabilidade e desenvolvimento da região”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, a repórteres em Pequim

Kim Jong Un, o ditador da Coreia do Norte, chamou a tentativa de aproximação da Otan com o Japão de “desespero” norte-americano na tentativa de criar novas alianças na região, “já que sua posição na região da Ásia-Pacífico foi muito abalada nos últimos anos”.

“Quanto mais o Japão fortalece seu conluio militar e conluio com a Otan, que é sinônimo de guerra e confronto, mais destrói a paz e a estabilidade da região e convida à instabilidade e isolamento irreversível do arquipélago japonês”, disse Kim.

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