Os principais índices das Bolsas asiáticas fecharam em queda nesta segunda-feira (28/11), em meio a uma série de protestos na China contra a política de “Covid zero” adotada pelo governo de Xi Jinping.
Em Tóquio, o índice Nikkei terminou o dia com perdas de 0,42%, aos 28.162,83 pontos. As ações de empresas de consumo, que têm a China como um de seus principais mercados, também recuaram.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou queda de 1,21%, aos 2.408,27 pontos. Os maiores recuos foram dos setores de semicondutores e construção naval.
O índice Xangai Composto, na China Continental, encerrou o dia com retração de 0,75%, aos 3.078,548 pontos, com queda acentuada dos setores financeiro e de energia.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em baixa de 1,57%, aos 17.297,94 pontos. O setor imobiliário liderou as perdas na sessão.
Na semana passada, o governo da China anunciou um pacote de medidas para tentar evitar o colapso do setor imobiliário do país, duramente atingido pelas restrições impostas durante a pandemia de Covid-19. O segmento é um grande consumidor de produtos siderúrgicos.
O pacote do governo chinês foi anunciado pela agência que regulamenta o setor bancário no país e pelo Banco Central da China. São 16 diretrizes que têm como objetivo promover o “desenvolvimento estável e saudável” do segmento.
Protestos
No fim de semana, manifestantes foram às ruas de Pequim, Wuhan e Xangai contra as duras medidas restritivas que o governo chinês colocou em prática com o objetivo de conter as infecções pela Covid-19.
Nesses locais, os protestos reuniam centenas de pessoas que gritavam “Abaixo, Xi Jinping! Saia, Partido Comunista!”. Os chineses protestaram contra os bloqueios, testes de Covid e quarentenas impostos pelo governo.
Protestos estudantis aconteceram na Universidade Tsinghua,, em Pequim, e na Universidade de Comunicação de Nanjing.