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“Condenar homossexuais é pecado”, diz papa Francisco

Papa Francisco defendeu que pessoas LGBTQIA+ não devem ser criminalizadas e que “Deus os acompanha”

atualizado

Getty Images
Papa Francisco com a cabeça abaixada sobre as mãos - Metrópoles

O atual líder da Igreja Católica, papa Francisco, declarou neste domingo (5/2) que condenar homossexuais é “um pecado”.

“As pessoas de tendência homossexual são filhas de Deus e Deus os quer bem, os acompanha. Não estou falando de grupos, mas das pessoas. Os lobbys são outra coisa e eu estou falando das pessoas. A criminalização da homossexualidade é um problema que não pode passar”, disse a repórteres.

Questionado sobre seu posicionamento em relação a leis que discriminam os homossexuais, o pontífice respondeu:

“Isso não é certo. Pessoas com tendências homossexuais são filhos de Deus. Deus os ama. Deus os acompanha… condenar uma pessoa assim é um pecado.”

Em janeiro, Francisco levantou uma polêmica ao declarar que ser gay não é crime, mas é pecado. Na ocasião, ele também criticou as leis que criminalizam a homossexualidade e as classificou como “injustas”.

Ao menos 67 países ou jurisdições criminalizam a atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo. Em alguns casos, a pena é a morte, de acordo com o The Human Dignity Trust, que trabalha contra essas leis.

“Quem sou eu para julgar?”

Em 2013, questionado sobre um padre supostamente gay, o líder da Igreja Católica afirmou: “Quem sou eu para julgar?”. Francisco agradou a comunidade LGBTQIA+ por ter defendido o direito de homossexuais à união civil.

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No entanto, ele também foi alvo de críticas por um decreto, de 2021, que afirma que a Igreja não pode abençoar uniões do mesmo sexo “porque Deus não pode abençoar o pecado”.

Em 2008, o Vaticano se recusou a assinar uma declaração da ONU que pedia a descriminalização da homossexualidade. Para o comando da Igreja, o texto ia além do escopo original e também incluía linguagem sobre “orientação sexual” e “identidade de gênero”, pontos considerados problemáticos. Em uma declaração na época, o Vaticano exortou os países a evitar a “discriminação injusta” contra os gays e acabar com as penas contra eles.






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