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Bombeiros identificam oito vítimas do desabamento em Miami

Oito das nove vítimas encontradas foram identificadas. Por outro lado, 152 pessoas seguem desaparecidas entre os escombros do prédio

atualizado

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1 de 1 _119115050_lozano - Foto: Reprodução

Com 152 desaparecidos, o Corpo de Bombeiros de Miami identificou 8 das nove vítimas encontradas entre os escombros do edifício Champlain Towers em Surfside, no condado de Miami Dade, que desabou na madrugada da última quinta-feira (24/6). 

As famílias das vítimas puderam visitar o local no domingo (27/6), mas a prefeita da cidade, Levina Cava, afirmou que detetives ainda não conseguiram contato com parentes de alguns desaparecidos.

Os venezuelanos León e Cristina Beatriz Elvira Oliwkowicz, de 79 e 74 anos, respectivamente, receberam identificação entre as vítimas. O casal foi encontrado no domingo, data em que bombeiros descobriram quatro corpos. Veja abaixo as demais vítimas identificadas da tragédia.

Ana Ortiz e Luiz Bermúdez

Ana Ortiz, de 46 anos, morava com o marido, Frankie Kleiman, que ainda está desaparecido. No mesmo andar, estava a mãe de Kleiman, Nancy Kress Levin, que morava no prédio, e o irmão, Jay Kleiman, que visitava a família. Ambos também ainda não foram encontrados.

Filho de Ortiz, Luis Bermúdez, de 26 anos, também morreu no desabamento. “Deus decidiu que ele queria mais um anjo no céu. Ainda não acredito. EU AMO você e vou te amar para sempre”, diz o pai em uma publicação no Facebook.

Bermúdez tinha uma distrofia muscular e precisava de uma cadeira de rodas para se locomover. Segundo amigos, o jovem era um exemplo de coragem e perseverança, além de sempre ter um sorriso no rosto.

Gladys e Antonio Lozano

O casal Gladys e Antonio, de 79 e 83 anos, respectivamente, está entre as vitimas  identificadas. Eles moravam no apartamento 903 e comemorariam 59 anos de casamento no próximo mês.

O filho do casal, Santiago Lozano, conta que jantou com os pais horas antes do desabamento. Ele mora na outra torre do prédio e podia ver o apartamento dos pais de sua varanda. Santiago conta que, quando escutou o som alto, acordou e foi até a janela.

“Olhei para minha esposa e disse: ‘Não está lá’. E ela gritava: ‘O que você quer dizer?’. ‘O apartamento dos meus pais não está mais lá, desapareceu’. E aí eu desci correndo”, contou a jornalistas locais.

Ele afirma que o casal brincava sobre quem preferia morrer primeiro para não ficar sozinho. Santiago diz que seu único consolo é que eles “foram juntos e foi rápido”.

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Stacie Fang

A mãe de Jonah Handler, adolescente resgatado dos escombros, também foi identificada como uma das vitimas. Stacie Fang, 54, chegou a ser levada para o hospital Aventura Hospital and Medical Center, mas que não resistiu aos ferimentos.

“Não há palavras para descrever a trágica perda da nossa amada Stacie. Os membros da família Fang-Handler querem expressar o mais profundo agradecimento pela grande quantidade de solidariedade, apoio e compaixão que tem recebido”, escreveu a família no Twitter.

O menino foi resgatado após um homem que andava com o cachorro pela região escutar seus gritos. Nicholas Balboa afirma que viu os dedos de Jonah em meio aos escombros e uma voz que pedia socorro.

“Ele apenas dizia ‘Por favor, não me deixe, não me deixe’. E eu disse a ele: ‘Não vamos a lugar nenhum. Ficaremos aqui'”. O menino segue internado em um hospital da região.

Manuel LaFont

Manuel LaFont, 54, pai de duas crianças, foi uma das vítimas encontradas. Um amigo próximo de Manny, como era conhecido, Brendan Coyle, contou à revista People que ele era um homem dedicado tanto aos seus filhos quanto às crianças do time de baseball que treinava.

“Depois de quase todos os jogos, especialmente os que Nate [seu filho] jogava, Manny me enviava um áudio para tocar para ele elogiando como ele jogou e como poderia melhorar. Serei eternamente grato pelo impacto positivo que ele teve no meu filho e na vida de tantas crianças aqui e ao redor de Miami Beach”.

A ex-mulher de LaFont, Adriana LaFont, contou à BBC que seu filho de 10 anos, Santiago, estaria com o pai no momento do desabamento. “Manny (Manuel) me ligou para dizer que gostaria que Santi passasse a noite na casa dele, porque iriam pescar (no dia seguinte)”.

Adriana, no entanto, negou, já que acreditou que o menino havia ficado constrangida de recusar na frente do pai quando ele não respondeu se gostaria de dormir no local. “Meu filho voltou a nascer e eu também voltei a nascer”, diz a mulher.

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