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Atrizes de Hollywood são presas por comprar vagas em universidades

Cerca de 50 pessoas foram indiciadas por pagar ou receber propina para que candidatos fossem aceitos em instituições dos EUA

atualizado

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Steve Granitz/WireImage
70th Emmy Awards – Arrivals
1 de 1 70th Emmy Awards – Arrivals - Foto: Steve Granitz/WireImage

Nesta terça-feira (12/3), promotores federais norte-americanos indiciaram quase 50 pessoas por pagarem ou receberem milhões de dólares em propina para que candidatos fossem aceitos em algumas das mais renomadas universidades do país. As informações são da Folha de S. Paulo.

Segundo o advogado Andrew E. Lelling, esse é o maior escândalo de admissão em faculdades já analisado pelo Departamento de Justiça dos EUA. O esquema, que funciona desde 2011, movimentou US$ 25 milhões.

Dentro de Hollywood
Entre os acusados estão a atriz Felicity Huffman, da série Desperate Housewives, e Lori Loughlin, de Full House, além de empresários e técnicos esportivos de instituições como Yale e Stanford (foto em destaque).

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Um acusado que está colaborando com a Justiça americana afirmou que se ofereceu à atriz de Desperate Housewives para que mediasse a correção das respostas no exame de admissão de sua filha. O delator disse ainda ter iniciado o processo para a filha mais nova de Felicity, mas abandonou a ideia.

Já a atriz de Full House e seu marido, o estilista Mossimo Giannulli, também acusado, teriam feito o acordo de um pagamento de US$ 500 mil para que as filhas fossem incluídas na equipe de remo da Universidade do Sul da Califórnia. As meninas, porém, não eram remadoras e, mesmo assim, foram aceitas na instituição.

Nesta terça, 300 policiais cumpriram as ordens de prisão por todo o país. As atrizes estão entre as detidas.

O esquema
O suposto administrador do esquema, William “Rick” Singer, de 58 anos, gerenciou a extorsão por meio da empresa Edge College & Career Netword, segundo promotores federais de Boston.

De acordo com a acusação, Singer arranjava maneiras de candidatos falsos fazerem as provas de admissão das faculdades no lugar dos filhos dos seus clientes. Além disso, a empresa teria subornado treinadores para que aceitassem estudantes sem competência atlética.

“As vítimas reais neste caso são os estudantes que trabalham duro”, disse o advogado Lelling, referindo-se aos talentos preteridos por “estudantes muito menos qualificados e suas famílias, que simplesmente compraram a sua entrada” nas universidades. Na maioria dos casos, os estudantes nem sabiam sobre a fraude em que estavam envolvidos.

Foram dezenas de milhares de dólares pagos pelos serviços de Singer mascarados como contribuição de caridade. “O que fazemos é ajudar as famílias mais ricas dos Estados Unidos a colocarem seus filhos na escola. Minhas famílias querem uma garantia”, resumiu Singer aos promotores.

Singer declarou-se culpado e está colaborando com as investigações. O suspeito foi acusado de extorsão, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. Ao todo, 33 pais e 13 treinadores foram indiciados.

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