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Argentina congela preços de 1.245 produtos por 90 dias para frear inflação

Os preços não terão alteração até o dia 7 de janeiro do ano que vem. Os produtos ficarão com os mesmo valores praticados em 1º de outubro

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Angelica Reyes/Unsplash
Bandrira da Argentina tremulando - Metrópoles
1 de 1 Bandrira da Argentina tremulando - Metrópoles - Foto: Angelica Reyes/Unsplash

O governo da Argentina anunciou o congelamento de preços de 1.245 produtos durante 90 dias para tentar frear a inflação. Os preços não terão alteração até o dia 7 de janeiro do ano que vem Deverão ficar com os mesmo valores praticados em 1º de outubro.

O congelamento de preços já foi adotado no passado, mas não obteve sucesso. Desta vez, ele foi acertado entre o governo argentino e representantes de empresa de consumo e redes de supermercado. A inflação atual do país gira em torno de 50% ao ano.

Além de produtos básicos do atual Programa de Preços Assistenciais, a medida também inclui garrafas de uísque, rum, gim, vodka, conhaque, cerveja, champanhe e uma grande variedade de vinhos, chegando ao total de 61 tipos diferentes da categoria.

Cremes anti-idade, energéticos, 16 variedades de maioneses, azeites e outros itens de alimentação, higiene e limpeza também estão na lista de produtos.

Trégua na alta dos preços

O novo secretário de Comércio Interior da Argentina, Roberto Feletti, reuniu-se com os representantes do comércio e afirmou que é preciso “parar a bola de neve para que os alimentos não continuem limitando os salários”.

“Se olharmos o caso dos trabalhadores com carteira assinada, vemos que, para um adulto, a cesta básica em dezembro de 2019 era de 9% do salário médio e, na última medição, foi de 11%”, declarou Feletti.

Já o ministro de Desenvolvimento Produtivo, Matías Kulfas, disse para o jornal El Clarín que, “depois de um ano de inflação muito forte, a ideia é gerar uma trégua [na alta dos preços]”.

O jornal relatou que representantes de cerca de 30 empresas produtoras participaram do encontro com Roberto Feletti. Essas companhias concentram a maior parte do fornecimento de alimentos, produtos de limpeza e higiene pessoal.

Eleições

O Ministério do Comércio Interno informou que a intenção das reuniões é iniciar o “canal de comunicação” com o setor privado e explicar as diretrizes que serão trabalhadas pela equipe da Secretaria de Comércio Interior durante a gestão de Feletti.

O objetivo é criar um cenário previsível até o final de 2021, além de incentivar o mercado interno e preservar os salários dos cidadãos argentinos perante às eleições e feriados de fim de ano.

O governo peronista de Alberto Fernández perdeu as eleições primárias no mês passado. No momento, busca atrair eleitores antes das eleições legislativas que acontecerão no dia 14 de novembro com uma série de medidas que amenizam o bolso.

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