1 de 1 Vídeo mostra imagens de aeroporto de Zhytomyr, Ucrânia, após ser bombardeado por mísseis de Belarus. A paisagem é cinza e se vê muita fumaça - Metrópoles
- Foto: Reprodução
Misseis supostamente disparados pelas tropas militares da Belarus atingiram, neste domingo (27/2), o Aeroporto Internacional Zhytomyr, próximo de Kiev, na Ucrânia. As informações são do Centro de Comunicações Estratégicas e Segurança da Informação, conforme noticiado pela imprensa local.
Este é mais um ataque de autoria do exército da Belarus. O país é aliado à Rússia e comandada pelo ditador Aleksandr Lukashenko, que já promoveu outros ataques contra a Ucrânia.
Veja imagens divulgadas pela imprensa local:
⚡️Missile from Belarusian territory fired at Zhytomyr airport, Center for Strategic Communications and Information Security reported.
The strike occurred a few hours after Ukraine confirmed peace talks with Russia on the Ukrainian-Belarusian border.
Neste domingo (27/2), em pronunciamento transmitido ao vivo de Bruxelas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou sanções contra a economia bielorrussa em uma tentativa de frear a iniciativa do país. Segundo Ursula, Belarus está “facilitando” a guerra.
Ursula afirmou que as sanções contra a Rússia também terão como alvo o regime do presidente de Belarus pela participação no ataque contra a Ucrânia. “Vamos atingir setores fundamentais: aço, ferro, fumo, todas essas exportações”. A União Europeia também vai estender a Belarus todas as sanções impostas à Rússia.
Mísseis Iskander foram lançados de Belarus contra a Ucrânia neste domingo, disse um assessor do ministro do Interior da Ucrânia à agências internacionais de notícias.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que pode desencadear um conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível guerra
Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Getty Images
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Em meio à troca de acusações, os Estados Unidos dizem que há uma ameaça "iminente" de Moscou a Kiev e enviaram mais de 8 mil soldados para a Europa Oriental
Getty Images
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Putin reconheceu oficialmente a independência de duas regiões da Ucrânia controladas por separatistas pró-Rússia. Poucas horas depois, anunciou o envio de soldados para Donetsk e Luhansk, com a suposta missão de pacificar a área
Alexei NikolskyTASS via Getty Images)
Como resposta, a União Europeia e os Estados Unidos proibiram transações econômicas com bancos e entidades que financiam o aparato militar da Rússia. As medidas atingem políticos russos, bancos, o setor de defesa e de mercados de capitais
Getty Images
O Ministério das Relações Exteriores russo informou que evacuou os últimos diplomatas em serviço no país vizinho. Para a chancelaria de Putin, os diplomatas russos correm risco de sofrer violência
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Sob risco de invasão, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, pediu mais armas aos países do Ocidente. Ele defendeu que essa seria uma forma de resistir contra a Rússia
Getty Images
Segundo a imprensa de Kiev, mísseis bielorrussos foram disparados contra a Ucrânia durante a madrugada. O governo de Belarus ainda não se manifestou sobre o caso.
“Eles vão cruzar a fronteira para matar homens, mulheres e crianças. É uma ameaça que temos que levar em conta”, disse Kuleba.
O ministro ucraniano fez um apelo: “A Ucrânia não está se desmantelando. Está sangrando, mas estamos tendo sucesso ao nos defender. Todos que puderem lutar junto a nós junto a uma legião internacional, se junte a nós. Temos trabalhado duro para formar uma coalizão contra Putin”.
Kuleba acrescentou: “É preciso afetar a Rússia de forma de forma mais dura agora”.
O presidente Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse neste domingo que conversou com o presidente de Belarus, que garantiu a ele que não enviaria tropas de Belarus para a Ucrânia. A partir dessa conversa, que o presidente ucraniano considerou produtiva, foi acertado o encontro para negociações entre Rússia e Ucrânia.