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Secretaria de Saúde identifica resistência da população à vacina AstraZeneca no DF

Pouco mais da metade do público-alvo com idade entre 64 e 65 anos tomou o imunizante. GDF destaca que não há perigo

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Joaquin Gomez Sastre/NurPhoto via Getty Images
Vacina AstraZeneca
1 de 1 Vacina AstraZeneca - Foto: Joaquin Gomez Sastre/NurPhoto via Getty Images

O secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, afirmou nesta segunda-feira (19/4) que pouco mais de 50% do público com idade entre 64 e 65 anos procurou os postos de saúde para vacinação contra a Covid-19, da sexta-feira (16/4) ao domingo (18/4). A declaração ocorreu durante uma coletiva de imprensa realizada no Palácio do Buriti, sede do Executivo local.

Das 40 mil unidades disponibilizadas para essa faixa etária, apenas 22.729 foram efetivamente aplicadas na imunização.

De acordo com o titular da pasta, o número é reflexo de uma possível resistência da população à vacina AstraZeneca/Oxford/Fiocruz. Em raríssimos casos, houve registros de problemas vasculares após a aplicação desse imunizante.

“Na última leva de vacina, veio muito AstraZeneca. Parte da população tem resistência em tomar essa vacina. É importante destacar que as duas vacinas são de alta qualidade. A AstraZeneca traz uma imunidade de 72%. Aqueles que estão na faixa etária entre 64 e 65 anos é importante que procurem o posto para que sejam imunizados. Temos que imunizar o maior número de pessoas em menor tempo possível”, afirmou o secretário.

Segundo Gustavo Rocha, de um público estimado em cerca de 40 mil pessoas, apenas pouco mais de 22 mil procuraram os postos de imunização: “Esse número foi aquém do que vinha ocorrendo nas vacinações da faixa etária um pouco maior. Esperávamos que fosse vacinados todos, mas chegamos a um número pouco maior de 50% do público”.

O secretário de Saúde, Osnei Okumuto, destaca que, no DF, foram registrados 500 eventos adversos associados à vacina da AstraZeneca, como dor de cabeça, dores musculares, febre e diarreia.

“Eu estive nos postos e os profissionais me relataram que, na hora de tomar a vacina, as pessoas estão perguntando se é Coronavac ou AstraZeneca. Se for a AstraZeneca, as pessoas não estão vacinando”, disse Okumoto.

Osnei Okumuto explicou que o Distrito Federal registrou 1.495 notificações de eventos adversos associados a vacinas contra a Covid-19, o que representa 0,3% do total das pessoas que já receberam o imunizante.

Um dos primeiros a ser criado e aprovado para uso contra a Covid-19, o imunizante da Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca está no centro de uma polêmica desde o mês de março. Relatos de pacientes que desenvolveram coágulos sanguíneos após a aplicação da vacina foram responsáveis por pausar a campanha em vários países.

Segunda dose

Para completar o esquema vacinal, a aplicação da segunda dose da AstraZeneca começará no dia 22 de abril, uma vez que o intervalo de administração do imunizante é de até 90 dias.

Doses do laboratório sueco-britânico armazenadas na Rede de Frio Central estão reservadas para garantir a imunização da população – mais de 41 mil pessoas que foram vacinadas entre o fim de janeiro e início de fevereiro.

O primeiro lote da fórmula de Oxford, com 41,5 mil doses, chegou ao Distrito Federal no dia 24 de janeiro e foi utilizado para vacinação de profissionais de saúde e de idosos com 80 anos ou mais. O grupo de profissionais de saúde começou receber esse imunizante no dia 28 de janeiro e o de idosos, em 1º de fevereiro. O esquema vacinal desse público deve ser completado até o início de maio.

Hoje, a Rede de Frio Central possui 6.220 unidades de vacinas para uso de primeira dose e 79.670 para segunda aplicação. As demais doses disponíveis no DF já foram distribuídas para as regiões de Saúde.

O Distrito Federal aguarda ainda uma remessa com cerca de 24.710 mil doses de Coronavac e 47.740 AstraZeneca, para aplicação da D2.

Foram vacinadas, no DF, 360.178 pessoas com a primeira dose das duas vacinas disponibilizadas atualmente no Brasil; e 140.433 receberam o reforço.

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