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Anthony Bourdain se arrepende do machismo em “Cozinha Confidencial”

Famoso pelo programa “Sem Reservas”, apresentador nova-iorquino fala sobre o livro e sua índole duvidosa

atualizado

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TLC/Divulgação
Anthony Bourdain
1 de 1 Anthony Bourdain - Foto: TLC/Divulgação

O livro “Cozinha Confidencial” há muito tempo já ultrapassou a marca do milhão e tornou famoso o chef e apresentador americano Anthony Bourdain. No último dia 20 de dezembro, ele fez um discurso para os formandos do CIA (Instituto de Culinária da América, em tradução livre), onde ele mesmo se formou décadas atrás.

A palestra teve tom sério, algo incomum nos depoimentos do bonachão cozinheiro. Os escândalos sexuais já chegaram ao mundo da gastronomia e este foi o tema principal do encontro.

Anthony afirmou que seu livro foi escrito como uma brincadeira para os cozinheiros, mas acabou se tornando a “bíblia macho” dos restaurantes.

“Todo assediador em um restaurante provavelmente tem meu livro na cabeceira e esta é uma realidade que eu infelizmente tenho que aceitar”, lamentou. Bourdain ressaltou que os seus 30 anos de cozinha não foram dos mais distintos e que ele definitivamente não era o tipo de pessoa para quem as mulheres contariam seus problemas.

Bourdain encerrou chamando a atenção dos homens, deixando claro que impérios gastronômicos foram extintos do dia para a noite este ano por conta de conduta inadequada de poucos, fazendo referência a Ken Friedman e Mario Batali.

O nova-iorquino foi categórico ao dizer que a qualidade de vida na cozinha deve melhorar imediatamente, cabendo à nova geração vigiar o comportamento nos bastidores dos restaurantes. Ele confessou que viu muito e fez pouco para mudar. “Não seja esse cara”, encerrou.

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