Ucraniano do City revela vontade de lutar contra invasão russa
Zinchenko, lateral esquerdo dos Citizens, vem se manifestando com certa frequência nas redes sociais após o ataque da Rússia à Ucrânia
atualizado
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A invasão da Rússia à Ucrânia vem mobilizando todos os segmentos da sociedade e no esporte não é diferente. Oleksandr Zinchenko, jogador ucraniano do Manchester City, revelou à BBC Sports que gostaria de ajudar o país a se defender.
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A entrevista foi concedida ao ex-jogador Gary Lineker. “Serei honesto: se não fosse pela minha filha e minha família, estaria lá. Tenho muito orgulho de ser ucraniano e estarei com eles o restante da minha vida. Quando você vê as pessoas, como lutam por suas vidas… não há palavras. Conheço as pessoas do meu país, sua mentalidade, preferem morrer e morrerão”, desabafou.

A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra Anastasia Vlasova/Getty Images

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito Agustavop/ Getty Images

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local Pawel.gaul/ Getty Images

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km Getty Images

Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia Andre Borges/Esp. Metrópoles

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país Poca/Getty Images

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro Kutay Tanir/Getty Images

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta OTAN/Divulgação

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território AFP

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado Will & Deni McIntyre/ Getty Images

O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles Vostok/ Getty Images

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles
O atleta ainda descreveu o sentimento com o uso de forças militares por parte de Vladimir Putin. “Só choro. Já faz uma semana, mas às vezes dirijo até o CT e começo a chorar. Imagine que o lugar onde você nasceu, cresceu, agora é um terreno vazio. Temos que deter a guerra”, pontuou.
Em uma outra oportunidade, Oleksandr Zinchenko publicou uma foto de Vladimir Putin e desejou a morte do presidente russo. “Que você tenha a morte mais dolorosa e cheia de sofrimento, sua criatura”, escreveu o jogador.
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