Elza Soares tem entrevistas inéditas reunidas em novo documentário
A produção Elza e Mané – Amor Em Linhas Tortas estreia nesta sexta-feira (4/3) na plataforma de streaming Globoplay
atualizado

A série Elza e Mané – Amor em Linhas Tortas estreia nesta sexta-feira (4/3) no Globoplay. Com depoimentos inéditos de Elza Soares, que morreu em janeiro, aos 90 anos de idade, a produção fala sobre a história de amor da cantora e do jogador de futebol Garrincha.
Dirigido por Caroline Zilberman, o documentário tem três entrevistas exclusivas. “Além desses três encontros, tivemos um quarto, no show que ela fez em Belém, em dezembro do ano passado e que acabou sendo o último da carreira dela. Acompanhamos os bastidores”, disse.

Elza Gomes da Conceição nasceu na favela carioca de Moça Bonita, em 23 de junho de 1930

Aos 91 anos, no dia 20 de janeiro de 2022, Elza faleceu de causas naturais, em casa. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da cantora

"A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo o mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim" Michael Melo/Metrópoles

Ao todo, Elza teve sete filhos. Aos 21 anos, Elza já era viúva do primeiro marido e tinha perdido dois de seus filhos, que morreram de fome Material cedido ao Metrópoles

Mesmo com a dor, Elza presenteou o mundo com seu jeito único de cantar. Ela se tornou uma das maiores cantoras da história da música popular brasileira. Iniciou a trajetória nos concursos de rádio, no anos 1950. Nas décadas seguintes, construiu uma grande trajetória no samba Reprodução/Instagram

Ao longo da brilhante carreira, Elza Soares lançou 34 discos e, nos anos mais recentes, aproximou-se de sons contemporâneos, como o hip-hop e a música eletrônica Reprodução/Instagram

O disco A Mulher do Fim do Mundo foi eleito pelo jornal The New York Times como um dos 10 melhores do ano de 2016. O último álbum dela foi Planeta Fome, lançado em 2019 Reprodução/Instagram

A morte da cantora ocorre exatos 39 anos depois da morte de Garrincha, com quem ela foi casada Reprodução/Instagram

Elza Soares e Garrincha, ídolo do Botafogo, viveram um romance cheio de altos e baixos de 1966 a 1982. O relacionamento entre eles começou escondido, pois Garrincha era casado na época e a cantora foi taxada de amante do jogador e responsável pelo fim do matrimônio anterior dele. A paixão entre os dois durou 17 anos e eles tiveram um filho, Júnior, que morreu em 1986, em um acidente de carro Keystone-France/Gamma-Keystone via Getty Images

Em 1963, ela gravou a canção Eu Sou A Outra, sobre o assunto, sacudindo a sociedade conservadora do Brasil Reprodução/Instagram

Durante a ditadura, Elza e Garrincha precisaram se mudar para a Itália, depois que a casa onde moravam foi metralhada

Lá eles ficaram amigos do casal Chico Buarque e Marieta Severo. De volta ao Brasil, a relação entre Elza e Garrincha foi marcada pelo alcoolismo do jogador e pela violência doméstica

O casamento acabou após 16 anos, em 1982. O jogador morreu no ano seguinte, de cirrose

Ao longo da vida, Elza também se tornou símbolo da resistência negra no Brasil e uma apoiadora da causa LGBTQ. No seu último aniversário, foi homenageada por Beyoncé Instagram
Com quatro episódios, a série explora o período em que o casal foi exilado para a Itália, durante a época da ditadura militar, na década de 1970. Depoimentos de Caetano Veloso, Lobão e Sandra de Sá estão presentes na produção.
Caroline conta que conseguiu arquivos da TV italiana que ainda não foram vistos no Brasil, além de ter gravado depoimentos com Caetano Veloso, Sandra de Sá e Lobão.
Para a diretora, o momento mais emocionante é a separação do casal por conta da morte de Garrincha.
“Ela precisa tomar uma atitude muito dura e que ia contra seus sentimentos, mas que também simbolizou uma das grandes superações que enfrentou ao longo da vida. É um momento em que ela tem uma virada no documentário. Diz que precisava renascer e foi atrás disso. O fim da vida do Garrincha também me emociona, pela tristeza de ver a decadência de um ídolo, e que ilustra muito bem a que ponto ele chegou por conta do alcoolismo”, afirma.
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