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Top 1 do Spotify, Kevin O Chris reflete: “Toda criança preta pode sonhar”

O funkeiro Kevin O Chris, aos 25 anos, chegou ao topo do Spotify Brasil com a música Tá Ok e refletiu sobre representatividade

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1 de 1 Foto colorida de Kevin O Chris - Metrópoles - Foto: Divulgação

Kevin O Chris deixou os bailes de favela do Rio de Janeiro para se tornar um dos maiores nomes do funk no país. Aos 25 anos, sendo o primeiro funkeiro preto a alcançar a marca de dois bilhões de plays no Spotify, o artista atingiu uma nova conquista: o topo das 50 músicas mais ouvidas do Brasil na plataforma com a faixa Ta Ok.

A produção, que ainda conta com a colaboração de Dennis DJ, ainda figura no Top 100 no chart global. O cantor desabafou sobre o momento e revelou que, durante toda sua carreira, sentiu na pele as discriminações por conta de sua cor.

“Diferente do que as pessoas pensam, o preconceito não é algo que enfrentamos em um certo momento, em uma única situação muito ruim. Claro que isso também existe, mas o que pesa é o preconceito do dia a dia, que está presente em cada corre nosso, em cada pequeno movimento e que vai nos armando para enfrentar o país que vivemos”, declarou.

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O artista explicou que sempre se manteve firme em seu objetivo. “Eu sou um cara preto, nascido na comunidade, criado em Duque de Caxias no Rio de Janeiro, fiz minha história no funk começando como MC nos bailes de favela, a oportunidade nunca esteve ali pra mim. Eu fiz meu caminho, passei por muitos momentos em que era mais fácil desistir, mas me mantive firme no meu propósito e no meu som”, relatou.

Mesmo com tanto sucesso, o cantor explicou que ainda sofre discriminação. “O preconceito está presente na minha vida até hoje, mesmo com tanta conquista, as coisas não são tão fáceis, nunca vão ser. Talvez para os meus bisnetos, quem sabe. Mas hoje, o preconceito ainda tá aqui, caminhando lado a lado com todo preto que vive no Brasil”, explicou.

“Um momento que senti isso muito presente Quando lancei meu DVD Sonho de Garoto, vi que minha carreira tinha um significado forte não só para o Kevin moleque que sonhava em gravar um DVD de funk fora do país, mas pros moleques de hoje em dia, que olham pro que eu conquistei e acreditam que também podem”, disse Kevin O Chris.

Por fim, o cantor refletiu sobre a representatividade. “Toda criança preta, nascida em comunidade, pode sonhar em atingir o topo do Spotify, ter mais de 2 bilhões de plays, pode sonhar com um DVD na Europa, pode sonhar em ser médico, em ser advogado, em ser o que quiser”, encerrou.

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