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Museu Nacional faz exposição em crítica à ditadura militar

Além de trazer à tona pinturas do artista espanhol José Zaragoza, a mostra apresenta obras de 42 artistas sobre a repressão política

atualizado

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Não Matarás 01 Paul Setubal
1 de 1 Não Matarás 01 Paul Setubal - Foto: null

O Museu Nacional da República recebe a exposição “Não Matarás – Em Tempos de Crise é Preciso Estar com os Artistas” a partir desta sexta-feira (4/8). A instituição traz a coleção doada pelo artista e publicitário espanhol José Zaragoza em 2013, com obras que criticam a ditadura militar brasileira.

Para compor a exposição, o curador do museu, Wagner Barja, convidou 42 artistas brasileiros que têm peças capazes de dialogar com a coleção de Zaragoza. Entre eles, estão Paul Setúbal e Christus Nóbrega, ambos finalistas do Prêmio Pipa On-line deste ano.

Além disso, Barja trouxe obras do acervo do Museu de Arte de Brasília (MAB), que está sob seus cuidados desde o fechamento em 2007. Por isso, será possível encontrar trabalhos feitos por artistas de renome no período da ditadura — João Câmara, Bené Fonteles e Raymond Frajmund, entre outros.

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Crítica atual
Carlos Lin, um dos artistas participantes da mostra, afirmou que sua arte se contrapõe à tradição artística e “serve de símbolo contra a arbitrariedade do governo atual”.

Reprodução
Obra de Carlos Lin presente na exposição

“A exposição é um ato político, de expressão coletiva, contra formas arbitrárias e ditatoriais de exercício do poder. Minha obra faz um trabalho poético de evocar a natureza-morta como contraponto à tradição pictórica. Arte é aquilo que acontece”, conta Carlos Lin.

A mostra conta com obras e textos de: Eduardo Galeano, Darcy Ribeiro, Mário Pedrosa, Mário Quintana, Millôr Fernandes, Ariano Suassuna, Mário Sérgio Cortella, Vladimir Herzog, Chico Buarque, Carlos Drummond de Andrade e Vinicius de Moraes.

Zaragoza
Entre 1963 e 1967, as pinturas de Zaragoza foram exibidas na Bienal de São Paulo. O Museu Brasileiro de Escultura (MuBE) revisitou, em 2005, as obras do espanhol. O artista nasceu em Alicante e passou a infância em Barcelona. Em 1952, mudou-se para o Brasil.

Em território brasileiro, trabalhou como fotógrafo até se mudar para Nova York (EUA) com o objetivo de estagiar na NBC. Voltou ao Brasil e, em 1968, fundou a DPZ, considerada uma das melhores agências de publicidade do país até hoje. Em 2013, passou a se dedicar integralmente às artes plásticas.

“Não Matarás”
Até 29 de outubro no Museu Nacional (Setor Cultural Sul). Visitação de terça a domingo, das 9h às 18h30. Classificação Indicativa livre

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