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Festival do Rio: leia crítica de Skate Kitchen, de Crystal Moselle

Exibido em Sundance, filme acompanha adolescente skatista em processo de autodescoberta ao lado de amigas em Nova York

atualizado

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Sundance Institute/The Years Of Living Dangerously/Divulgação
Skate Kitchen – Still 2
1 de 1 Skate Kitchen – Still 2 - Foto: Sundance Institute/The Years Of Living Dangerously/Divulgação

Rio de Janeiro – Uma das sensações de Sundance, o filme Skate Kitchen traz ao Festival do Rio* o olhar da diretora norte-americana Crystal Moselle em seu primeiro longa-metragem de ficção.

Conhecida no meio indie pelo documentário Os Irmãos Lobo (2015), Moselle segue de perto, com fartos close-ups, o intenso processo de autodescoberta vivido pela adolescente Camille (Rachelle Vinberg).

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Aos poucos, a talentosa skatista de Long Island encontra no centro de Nova York um espaço de acolhimento e pertencimento: um grupo de garotas que anda de skate e compartilha suas manobras arriscadas e andanças no Instagram.

Talvez o principal ponto de virada de Skate Kitchen nem seja a “fuga” de Long Island para o centro, mas o aniversário de 18 anos de Camille. Filha de pais divorciados, ela mora com a mãe, enfermeira e latina, e tem no esporte seu refúgio ideal. Ela é proibida de andar de skate logo após a cena inicial, em que ela machuca seu órgão genital após uma queda acidental.

Num dado momento do filme, Moselle filma parte do amadurecimento de Camille quase como um instante de iluminação espiritual. Ela passeia de skate enquanto nutre pensamentos a respeito da sua vida hoje — o vazio que antes ocupava seus dias agora foi preenchido pelas convivência com a turma.

Lá pelas tantas, da metade para o fim, o filme começa a assumir um formato bastante tradicional do cinema independente americano.

Moselle abandona a vibrante crônica urbana em prol de uma trama envolvendo a aproximação de Camille de Devon (Jaden Smith, um nome conhecido entre vários não atores), ex-namorado de Janay (Ardelia Lovelace), uma de suas melhores amigas, e os conflitos que se criam a partir dessa “traição” — afinal, a autodescoberta da personagem principal também é sexual e sentimental.

Isso sem falar da já esperada reconciliação com a mãe, sugerida o tempo inteiro pelas situações desconfortáveis experimentadas pela jovem ao sair de casa.

Acaba que Skate Kitchen funciona como algo a meio caminho entre um longa comportado de Larry Clark e um instantâneo da adolescência por Richard Linklater. Seria um trabalho mais autêntico e potente se a segunda metade não soasse tão qualquer nota.

Avaliação: Regular

*O repórter viajou a convite do Festival do Rio 2018

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