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Crítica: O Tempo Que Resta mostra o drama de pessoas reais

Um longa-metragem e um curta formam, na competição do 52º Festival de Brasília, panorama sobre a questão da Amazônia

atualizado

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Divulgação
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1 de 1 tempo-que-resta - Foto: Divulgação

O Tempo que Resta, de Thaís Borges, aparenta ser um filme simples. Sem muita cerimônia, acompanhamos o cotidiano de duas líderes extrativistas em seus afazeres domésticos. Parece que nada pode atrapalhar a calmaria da vida simples levada pelas duas. Ao se aproximar ainda mais da intimidade delas, no entanto, a película revela a verdadeira causa de existir.

Maria Ivete Bastos e Osvalinda Marcelino Pereira estão sendo ameaçadas de morte por grupos de pistoleiros contratados por madeireiros que pretendem explorar a região onde as duas vivem e sobrevivem – graças ao extrativismo de recursos retirados da floresta. 

No entanto, a falta de objetividade do fluxo narrativo deste documentário expositivo deixa as ameaças reais contra essas mulheres parecerem menos aterrorizantes do que na verdade são. Os depoimentos de Maria Ivete e Osvalinda, durante a apresentação do filme no Cine Brasília, foram mais impactantes e elucidativos sobre a trajetória delas do que a película. 

Avaliação: Bom

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Curtas-metragens

O curta cearense Marco, escrito e dirigido por Sara Benvenuto, tem uma boa premissa e se centra em um grupo pouco representado pelo cinema brasileiro: a vida das lésbicas do interior do Brasil. Relacionar a sexualidade da protagonista com a morte do pai e os conflitos com a mãe religiosa poderia render boas situações dramáticas, mas o filme sofre com os exageros de atuação do elenco e um roteiro cheio de lacunas.

Avaliação: Regular

Parecia que um bom perfil do ativista Francisco Alves Mendes filho estava para ser desenhado no início da projeção de Chico Mendes – Um Legado a Defender, com direção de João Inácio. Porém, a enorme importância do ambientalista Chico Mendes é esmaecida pela linguagem simplória e pela pressa narrativa adotada na película, que foi construída em linguagem institucional. Uma pena porque vivemos uma época de grandes ataques aos extrativistas e povos originários da Amazônia – e a figura de Mendes é essencial para reavivar a luta por existência e permanência.

Avaliação: Regular

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