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Crítica: novo X-Men, Fênix Negra busca fim ameno para saga mutante

Com Sophie Turner e boa parte dos super-heróis no elenco, filme ambientado em 1992 narra a incontrolável evolução de Jean Grey após ela ser exposta a uma explosão cósmica

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Walt Disney/Fox/Divulgação
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1 de 1 xmen-fenix-negra-11 - Foto: Walt Disney/Fox/Divulgação

X-Men: Fênix Negra estreia nos cinemas com duplo e antagônico compromisso: tanto acertar na construção da persona superpoderosa de Jean Grey (Sophie Turner), cuja Fênix já foi mostrada, sem tanto brilho, em O Confronto Final (2006), quanto dar fim satisfatório a uma franquia prestes a ser demolida e recomeçada.

Por consequência da compra da Fox pela Disney, a franquia dos X-Men será incorporada ao Universo Cinematográfico Marvel (MCU), responsável pelos filmes dos Vingadores. Antes planejado como metade aventura solo, metade continuação de Apocalipse (2016), Fênix Negra acabou ganhando ares de fechamento. Com lançamento adiado para ajustes, o longa conclui o eixo principal da saga.

O próximo voo dos heróis, Os Novos Mutantes, deveria abrir um ciclo inédito, a julgar pelo título, mas será justamente o último antes de o projeto tomar outros rumos sob a direção dos executivos do Mickey.

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Alguns anos após os eventos de Apocalipse, avançamos para o começo da década de 1990. Os mutantes encontram-se em rara harmonia com os humanos. Esse equilíbrio, porém, só é possível por constantes gestos de heroísmo realizados pelos pupilos de Charles Xavier (James McAvoy). Em troca, recebem condecorações, homenagens. Uniformizados, agradecem com sorrisos. Vida ideal para o professor. Nem tanto para a Mística (Jennifer Lawrence), cada vez mais interessada em uma vida normal, adaptada ao mundo fora dos limites da mansão.

Numa dessas missões, uma ida de emergência ao espaço para resgatar astronautas em perigo, Jean Grey precisa usar seus poderes telecinéticos para conter uma aparente explosão solar. É exposta aos raios cósmicos e, de volta à Terra, sente-se estranhamente revigorada – até demais. A incontrolável Fênix está prestes a surgir.

Simon Kinberg, produtor da franquia X-Men há uns bons anos, estreia na direção apostando na força dos personagens, sobretudo na já esperada dinâmica de forças entre Xavier e Magneto (Michael Fassbender) e no doloroso processo de autodescoberta de Jean. Aos poucos, notamos que o alterego destrutivo da heroína alimenta-se de segredos bloqueados em sua mente pelas habilidades telepáticas de Xavier: a morte da mãe em acidente provocado pela então criança mutante e o consequente abandono do pai, incapaz de lidar com ela.

Apesar do generoso apreço pelos personagens – há tempo de tela suficiente para praticamente todo mundo, do Ciclope (Tye Sheridan) à Tempestade (Alexandra Shipp) –, Kinberg não vai tão bem quando o filme exige apuro nas cenas de ação. Representados pela alienígena sem nome vivida por Jessica Chastain e sua horda de colegas capazes de imitar a aparência dos humanos, os vilões também mereciam mais cuidado na caracterização: só têm vez no clímax.

As cenas finais ensolaradas e em clima de férias permanentes evidenciam o quanto Fênix Negra tem de improviso nessa exigência contratual de fechar a casinha a toque de caixa, sem pontas soltas. Ainda assim, fica a sensação de que poderia ter saído um filme bem pior. Sim, é genérico, mas menos tortuoso do que indicava a encomenda.

Avaliação: Regular

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