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Vídeos: carros engolidos por cratera na Asa Sul são retirados

Operação para recuperar HB20 durou 15 minutos. Sonata prata e Gol branco também foram içados com um guincho do local

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Jacqueline Lisboa/Especial para o Metrópoles
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1 de 1 Cratera-carro-recuperado-7 - Foto: Jacqueline Lisboa/Especial para o Metrópoles

Os quatro carros engolidos pela cratera que se abriu na 709/909 Sul, na terça-feira (10/12/2019), foram retirados do buraco na tarde desta quarta-feira (11/12/2019). Um guincho contratado pela construtora responsável pela obra recolheu os veículos.

Bastante sujo, mas sem grandes estragos, o Hyundai HB20 branco estava estacionado em frente à obra que cedeu e foi o primeiro a ser recolhido.

Operários engancharam um extenso fio do guincho até o veículo. Dentro dele, uma pessoa movimentava o volante para ajudar na remoção. Devido à dificuldade de tirar os pneus da lama ainda fofa, toda a operação durou cerca de 15 minutos.

Uma escavadeira foi levada ao local no fim da manhã desta quarta-feira (11/12/2019). Ela “construiu” uma pista para que os automóveis subissem com a ajuda de um cabo.

A explicação inicial para o acidente foi a ruptura de uma tubulação de água pluvial. Por isso, o solo atrás do muro de arrimo ficou encharcado e a estrutura cedeu.

Veja fotos do local e da operação:

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Na continuidade da operação, o Hyundai Sonata prata foi retirado. Caído em um local mais fundo que o primeiro carro içado, o veículo deu mais trabalho para os operários. Durante a ação, o cabo que ligava o Sonata ao guincho chegou a se soltar, mas a operação conseguiu ser concluída.

Depois foi a vez do VW Gol branco, também retirado com o auxílio de um guincho. Completamente estragado, o veículo teve todo o para-brisa quebrado e o lado direito amassado.

Enfim, por volta das 17h30, os operários tiraram o último automóvel da cratera, um Honda HRV grafite, que foi o que mais empenhou esforços dos operários. Vários trabalhadores precisaram ajudar na hora de o guincho iniciar o reboque, já que o veículo estava capotado e afundado na lama.

Prejuízo

Três donos dos carros engolidos pela cratera estiveram presentes no local para acompanhar a retirada dos veículos. Para a proprietária do Hyundai HB20, Larissa Zarur, o mais impressionante foi o carro dela ter ficado sem amasso algum. “É um milagre. Aparentemente não aconteceu nada com o carro, mesmo com a queda tão alta”, diz.

Como o carro tem seguro, ela aguardou que a empresa enviasse um guincho para recolher o automóvel. “Nem tentei ligar, a recomendação é essa. Agora é tentar resolver essa questão”, avalia.

Já o dono do Hyundai Elantra, Alisson Santiago, conta que o sentimento é de consolo. “Fico mais tranquilo e aliviado. A empresa tem dado todo o suporte, nos dará carro reserva”, conta. Ainda observando o estado que o carro ficou, ele diz que ainda irá olhar quais providências podem ser tomadas. “Ainda não vi o prejuízo. Agora é acionar o seguro e ver o que dá”, pondera.

Outro prejudicado pela abertura da cratera, o dono do VW Gol branco, Dinarte Miguel de Oliveira, lamenta o estado em que o carro ficou. “O sentimento é de perda, pavor”, resume.

Fiscalização

Também no local, o subsecretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Bezerra, afirmou que os riscos estão controlados. “A Caesb e a Novacap já estão se mobilizando para desviar as redes de água e esgoto e a área já foi isolada. O único inconveniente é a redução das vagas no local”, avalia.

O trabalho da empresa, segundo ele, também está dentro das determinações feitas para diminuir os problemas. “Os carros estão sendo retirados e um talude foi feito, para que não haja uma descida muito grande”, conta.

Para ele, o grande volume de água nas barreiras de proteção construídas pela empresa pode ter sido o motivo para o desabamento. “Essa grande concentração acabou com o que chamamos de coesão do solo, ou seja, a terra que estava acomodada acabou cedendo”, explica.

No entanto, Bezerra diz que um acontecimento desta magnitude não pode ser resposabilidade apenas da chuva. “Não é possível imputar apenas as forças da natureza. Acionamos o Crea, a administração regional e pedimos o projeto para entender o que aconteceu”, comenta.

A Defesa Civil continuará monitorando as ações da empresa diariamente para garantir que as promessas sejam cumpridas.

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