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Venda de motos sobe 44% no DF em 2021 com alta na gasolina

Economia e facilidade na hora de locomoção estão entre os fatores apontados para a aquisição de mais motocicletas

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Corredor de motos na eptg
1 de 1 Corredor de motos na eptg - Foto: Michael Melo/Metrópoles

“Cheguei a fazer 40km/litro com a moto”, é o que detalha o supervisor comercial de eventos Toufic Quemel, ao sair de sua casa no Jardim Botânico para circular pelas ruas do Distrito Federal.

As recorrentes altas do combustíveis aliadas com o aumento de demanda no setor de delivery podem ser alguns dos fatores que expliquem a alta de 44,76% nos emplacamentos de motos registradas no agregado de janeiro a setembro deste ano comparado com o mesmo período de 2020. Os dados são do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Distrito Federal (Sincodiv).

Saindo para trabalhar duas vezes na semana presencialmente, Toufic gasta R$ 65 para abastecer o tanque do veículo. “Quando eu comprei a moto [há um ano], não estava esse “boom” da gasolina”, conta o supervisor comercial. “Tinha fila [para ela chegar]”, relembra.

O sonho de voltar a andar sobre duas rodas, facilidade na hora do deslocamento e o alívio no bolso foram os principais motivos que levaram Toufic a adquirir uma moto.

O supervisor de vendas mantém o carro em casa e conta que parou de circular com o automóvel para economizar. “Minha esposa gasta cerca de R$ 120 toda semana com gasolina sem trabalhar todos os dias. Se tivéssemos dois carros seriam mais R$ 500 todo mês. Muito difícil”, analisa.

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Por dois dias consecutivos, motoristas enfrentaram filas nos postos do DF. A gasolina comum chegou a ultrapassar a marca de R$ 7 em algumas bombas. A alta demanda advém de um novo reajuste da Petrobras nos preços da gasolina e do diesel que passou a valer nessa terça. O aumento é de 7,04% e 9,15% respectivamente.

Para o presidente do Sincodiv, Arcelio dos Santos, as consecutivas altas nos combustíveis não justificam o aumento de procura pelas motocicletas. Arcelio atribui a “uberização” no setor de delivery como responsável pelo incremento na demanda do veículo de duas rodas.

Em relação aos carros, os dados do Sincovid registram aumento de 9,82% entre janeiro a setembro de 2021 comparado ao mesmo período do ano passado. A alta, no entanto, foi puxada pela compra de picapes e camionetes, pois registrou crescimento de 38,22% no período destacado. O emplacamento de carros de passeio retraiu 0,06% no mesmo período.

Frota do DF

Segundo o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), o número de condutores habilitados na categoria tipo A (motos) entre janeiro e setembro de 2021 é de 439.156. O valor segue a tendência de crescimento de anos anteriores com 429.962 e 425.822 motociclistas habilitados em 2020 e 2019 respectivamente.

Já para condutores habilitados na categoria tipo B (carros), esse crescimento também é notado. São 1.229.346 habilitações do tipo B em 2021, 1.215.230 em 2020, e 1.206.543 em 2019.

Em relação ao total da frota de veículos em circulação no DF, 230.886 mil motocicletas e 1.331.838 carros circulam entre as vias da capital federal. Os valores foram registrados entre janeiro a setembro de 2021.

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