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Distritais jogam desfecho do aumento das tarifas para semana que vem

Sem acordo com Rollemberg, presidente da Câmara vai convocar sessão extraordinária para o dia 12. Ideia é anular o reajuste

atualizado

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Metrópoles/Arquivo
Tarifa de ônibus
1 de 1 Tarifa de ônibus - Foto: Metrópoles/Arquivo

Em mais uma rodada de negociação para discutir o aumento das passagens de ônibus e metrô na tarde desta terça-feira (3/1), distritais e o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) não chegaram a um acordo. Diante do impasse, o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), disse que vai convocar uma sessão extraordinária para o próximo dia 12 para discutir um projeto legislativo que pode anular o reajuste. Para isso, a Casa precisa apenas de maioria simples (13 dos 24 votos).

Segundo Joe, o comando da Câmara propôs que o GDF suspendesse o aumento por 15 dias enquanto seguiam as discussões sobre o assunto entre a Câmara e o Executivo. Mas o presidente da Câmara diz que o governador não aceitou a proposta. “Como não avançamos na discussão nesse sentido, estamos indo à Câmara para fazer a convocação extraordinária para quinta que vem”, disse ao final da reunião ocorrida na Residência Oficial de Águas Claras.

A primeira tentativa de negociação na segunda-feira (2) entre os parlamentares e o governador também terminou sem consenso. Na ocasião, o chefe do Executivo disse que vai à Justiça, caso os distritais revoguem o decreto que autorizou o aumento das passagens.

Nesta terça, Rollemberg voltou a reafirmar isso. “Só tem duas razões para anular o decreto, se for inconstitucional ou ferir a Lei Orgânica. O decreto não faz nenhum dos dois”, destacou. Segundo o governador, diante do déficit de mais de R$ 400 milhões, o sistema, sem o reajuste, poderia entrar em colapso a partir de março.

Além da pressão política, o Executivo terá de lidar com a insatisfação popular. O fim da tarde de segunda (2) foi marcado por protesto na área central de Brasília, que travou o trânsito no horário de pico. A manifestação foi acompanhada pela Polícia Militar, mas não houve confronto. Nesta quarta (4), os manifestantes prometem se reunir no mesmo local, também no fim de tarde, para pressionar o governo.

As novas tarifas foram anunciadas na última sexta (30) pelo governo e representam a segunda elevação nos preços do transporte desde o início do governo Rollemberg. Os valores passaram de R$ 2,25 para R$ 2,50 nas linhas circulares e alimentadoras do BRT (aumento de 11%); R$ 3 para R$ 3,50 (aumento de 16%) nas linhas metropolitanas “curtas”; e de R$ 4 para R$ 5 (aumento de 25%) no restante das linhas, além do metrô. (Aguarde mais informações)

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