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Taxa de ocupação de UTI para Covid-19 chega a 82% e DF prepara hospitais para 2ª onda

Índice corresponde aos leitos geridos pela Secretaria de Saúde do DF e inclui unidades destinadas a adultos, crianças e recém-nascidos

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
emergencia hospital de base
1 de 1 emergencia hospital de base - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) da rede pública do Distrito Federal destinados a pacientes da Covid-19 subiu para 82% na noite dessa terça-feira (22/12). Segundo dados da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) atualizados às 18h10, 129 dos 170 leitos estão ocupados.

O número inclui UTIs pediátricas e adultas. Do total, 14 instalações estão  bloqueadas ou esperando liberação e 27 estão disponíveis para acolher novos pacientes. Do total, 24 contam com suporte para hemodiálise.

No Hospital de Base do Distrito Federal (foto em destaque), de acordo com as informações da SES-DF, 20 das 26 unidades de UTI para adultos estão ocupadas. as outras seis seguem bloqueadas ou esperando liberação. No Hospital de Campanha da Polícia Militar, que conta com a maior estrutura para receber pacientes graves de Covid-19, 68 dos 80 leitos de UTI equipados para atender adultos estão preenchidos.

Na rede particular, 152 dos 203 suportes de UTI – adultos e pediátricos – estão ocupados, o que equivale a 74,8% da capacidade total. De acordo com os dados atualizados às 18h10 dessa terça, algumas unidades não contam mais com leito algum disponível. São elas: Hospital Home, Hospital Alvorada, Hospital Daher, Hospital Santa Lúcia Norte, Hospital Santa Luzia, Hospital Santa Marta e Hospital Sírio Libanês.

Mobilização de leitos

A Secretaria de Saúde informou que está elaborando um plano de mobilização de leitos para atender pacientes de Covid-19. De acordo com a pasta, “trata-se de uma antecipação para uma eventual segunda onda” da doença no Distrito Federal.

No último domingo (20), 15 leitos de UTI passaram a ser exclusivos para tratar pacientes da rede pública diagnosticados com o novo coronavírus – sendo 10 no Hospital Regional de Samambaia e cinco no Hospital Daher.

Hospital de Base

Como mostrou o Metrópoles, o Hospital de Base, maior unidade de saúde da capital do país, será esvaziado e deverá operar com 50% da capacidade a partir de janeiro de 2021. A medida foi tomada diante do avanço da pandemia do novo coronavírus no DF.

O Protocolo de Desospitalização do HBDF, documento assinado pelo superintendente do hospital, Lucas Seixas, alerta para o início da 2ª onda da Covid-19 e a possibilidade de isso ocorrer no DF no 1ª trimestre de 2021.

O cronograma prevê metas e prazos para a reduzir a ocupação. Entre essa segunda-feira (21/12) e o próximo dia 31 de dezembro, o Hospital de Base deverá operar com 80% da capacidade. Entre 1º e 11 de janeiro, o percentual será reduzido para 70%. Na próxima fase, de 12 a 15 de janeiro, deverá estar em 60%. A previsão é que a capacidade chegue a 50% em 16 de janeiro. O término estabelecido para o protocolo não é exato, indicando apenas “até o final da 2ª onda” como data-limite.

O superintendente do Hospital de Base afirmou, no documento, que a taxa de transmissão está acima de 1,30 na maior parte das regiões do DF. Esse indicador, responsável por medir o número médio de pessoas infectadas por um indivíduo, aponta o início da 2ª onda, segundo Seixas. “De forma clara, será demonstrada a retomada da pandemia da Covid-19 no Brasil”, comentou.

Segundo o protocolo do Hospital de Base, o acesso às UTIs para pacientes sem Covid-19 será precedido de exame PCR, análise clínica e radiografia de tórax. Não será utilizado o teste sorológico.

Contratações

A Secretaria de Saúde também abriu inscrições para contratação imediata de 102 médicos temporários, na última terça-feira (22). Os aprovados, de acordo com a pasta, irão trabalhar nos hospitais regionais da Asa Norte, Brazlândia e Planaltina, além de atuarem no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Hospital de Campanha de Ceilândia.

“O objetivo desse processo seletivo é contratar profissionais para incrementar as equipes que estão atuando na assistência ao enfrentamento da Covid”, afirmou a subsecretária de Gestão de Pessoas, Silene Almeida.

Média móvel

A média móvel de mortes por Covid-19 no Distrito Federal subiu para 10,6 nesta terça-feira (22/12). Na comparação com o indicador apurado há 14 dias, houve queda de 3,9%, o que mostra estabilidade na quantidade de mortes.

Desde o início da pandemia de coronavírus, o DF já notificou 245.872 contaminações e 4.169 óbitos em decorrência da doença. Nas últimas 24 horas, foram 13 mortes e 629 novas infecções.

Restrições e vacina

Para conter a disseminação da Covid-19 e reduzir o risco de segunda onda da doença, o Governo do Distrito Federal não descarta a adoção de novas medidas restritivas, como a que atingiu bares e restaurantes, cujos horários de funcionamento foram limitados às 23h, por determinação do governador Ibaneis Rocha (MDB).

Nesta terça, o secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, declarou que a taxa de transmissão do novo coronavírus saiu de 1,3 e chegou a 0,89 nesta semana, o que seria um impacto da limitação do funcionamento desses estabelecimentos. O ideal é o índice, que aponta a capacidade de contaminação por pessoas, ficar abaixo de 1, conforme explicou o secretário.

O consumo de bebida alcoólica e a permanência por mais tempo dentro dos estabelecimentos provocam descaso em relação ao uso da máscara e ao distanciamento social, segundo Osnei. “As pessoas também acabam compartilhando copos e instrumentos como narguilés, elevando a disseminação do vírus”, afirmou.

A Vigilância Sanitária autuou 300 bares e interditou mais de 50 por não cumprirem a restrição de horário. Contudo, a medida não terá validade nos dias 24 e 31 de dezembro, véspera do Natal e Ano-Novo, respectivamente.

Ainda de acordo com o secretário de Saúde, o DF vai “disponibilizar a vacina, e temos toda uma logística preparada. Aqui, no DF, as regiões administrativas têm, no máximo, 60 km de distância, o que facilita o trabalho, diferentemente de outras unidades da Federação”. Lançado na última sexta-feira (18/12), o Plano Distrital de Vacinação contra a Covid-19 prevê quatro etapas de imunização, como definido pelo Ministério da Saúde.

No total, 678.750 pessoas devem receber a vacina no DF. Trabalhadores da saúde e idosos acima de 75 anos serão os primeiros, seguidos de pessoas com idade entre 60 e 74 anos. De acordo com a Secretaria de Saúde, 1,5 mil profissionais estarão envolvidos na vacinação e 150 veículos distribuirão as doses quando os itens estiverem disponíveis.

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