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Soltura de sequestradora do Hran revolta família de bebê

Justiça determinou fiança para que Gesianna fosse solta: “É como se o sequestro do meu filho tivesse sido vendido por R$ 5 mil”, diz o pai

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1 de 1 bebe5 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A mulher que sequestrou um bebê no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) deixou o Presídio Feminino (Colmeia), no Gama, às 21h25 de quarta-feira (14/6). Gesianna de Oliveira Alencar, 25 anos, responderá ao processo em liberdade, de acordo com decisão da Justiça que revoltou a família do recém-nascido.

A mãe do pequeno Jhony, Sara Maria da Silva, 19, que mora em uma área extremamente pobre da Estrutural, ainda não sabe da soltura, segundo a sogra. “Vamos tentar preservar a Sara. Ela está com pavor de ter o filho retirado dos braços de novo”, disse a dona de casa Dalvina Maria dos Santos, 40 anos. Mas a família dela não se conforma com o fato de Gesianna ter sido colocada em liberdade. “Não podemos mudar a cabeça do juiz. Mas não concordamos em deixar solta uma mulher que tirou um filho recém-nascido de uma mãe”,  acrescentou.

A mulher estava presa desde quarta-feira (7), quando investigadores da Divisão de Repressão a Sequestros (DRS) a identificaram como autora do crime. Na terça (13), a Justiça atendeu ao pedido da defesa da estudante de enfermagem e concordou com sua liberação provisória, mas condicionou a soltura ao pagamento de fiança no valor de R$ 5 mil.

O pai do bebê, Johny dos Santos, 20, também critica a decisão da Justiça. “O nosso trauma nunca vai ter fim. Estamos lutando para reconstruir a vida e muito insatisfeitos com essa notícia. É como se o sequestro do meu filho tivesse sido vendido por R$ 5 mil”, ressaltou. Segundo ele, Sara não sai de perto do bebê.

Na manhã desta quinta (15), não havia pistas de Gesianna na QE 38 do Guará, onde ela mora, nem no Recanto das Emas, onde reside a família do marido dela, Adriano Borges. A advogada Leda Rincon não representa mais a acusada de sequestro, por decisão dos parentes da sequestradora. A mulher deve passar por tratamento psiquiátrico e não pode chegar perto de maternidades.

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O crime
O recém-nascido de apenas 13 dias, que recebeu o nome de Johny dos Santos Junior, foi levado no início da tarde do dia 6 de junho do segundo andar do Hran, enquanto a mãe participava de uma atividade com outras pacientes da maternidade. O desaparecimento da criança foi notado por enfermeiras da unidade. Logo depois, testemunhas informaram à polícia que a sequestradora era uma mulher loira de vestido florido.

A ação da sequestradora não foi flagrada por nenhuma das 28 câmeras de segurança da unidade de saúde porque os equipamentos não estão gravando imagens. Mas os policiais da Divisão de Repressão a Sequestro foram rápidos e seguiram pistas que levaram à identidade de Gesianna.

A mulher foi presa em casa, na QE 38 do Guará II. Ela estava com o menino nos braços quando a polícia bateu à sua porta. Ela teria enganado o marido e a família, simulando uma gravidez. Johny nasceu no dia 25 de maio em uma unidade de saúde da Estrutural e foi transferido para o Hran. A criança foi entregue novamente à mãe no hospital,  no dia seguinte ao rapto.

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