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Governo do DF corta ponto de policiais civis que aderiram à greve

Medida foi anunciada pelo chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio. De acordo com ele, Palácio do Buriti só volta a negociar com a categoria depois que servidores voltarem ao trabalho

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
sérgio sampaio
1 de 1 sérgio sampaio - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Governo do DF vai cortar o ponto dos policiais civis que aderiram à paralisação de 48 horas, iniciada na quinta-feira (4/8). Segundo o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, a partir do momento em que a greve foi decretada ilegal pela Justiça é obrigação do Estado adotar a medida, conforme decisão judicial. “Eles estão na ilegalidade e enquanto permanecerem parados não receberão”, disse nesta sexta-feira (5).

De acordo com Sampaio, as negociações com a categoria voltaram à estaca zero. “O governo reiterou as propostas feitas e só retomará o diálogo quando os policiais voltarem ao trabalho”, destacou. Sampaio explicou, ainda, que “se o governo voltar a negociar com a categoria, será um estímulo à conduta ilegal”. O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) informou que não vai se pronunciar sobre o caso.

O chefe da Casa Civil ressaltou que já existe uma vasta jurisprudência de que policiais não podem entrar em greve. “Há decisões do Supremo, inclusive, nesse sentido”, completou.

Ao decretar a ilegalidade da greve, a Justiça atendeu a um pedido do Núcleo de Controle da Atividade Policial (NCAP) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). A decisão proíbe manifestações nas proximidades do Mané Garrincha e determina que os servidores voltem imediatamente às suas atividades. O Sinpol alegou que ainda não foi notificado, por isso segue com o ato.

Nesta sexta, delegacias de polícia só estavam registrando ocorrências graves e flagrantes. Os policiais, que alegam ter isonomia com a Polícia Federal há 20 anos, estão em negociação com o GDF há mais de um mês. Em reunião na terça (2), o governo ofereceu aumento escalonado: 7% em outubro de 2017; 10% em outubro de 2018; e 10% no mesmo mês de 2019. Já no fim da tarde, durante um novo encontro, surgiram outras duas propostas.

A primeira estipulava 23% em agosto de 2017; 4,75% em janeiro de 2018 e 4,5% em janeiro 2019. Na outra sugestão, os percentuais são de 10% em janeiro de 2017; 13% em agosto de 2017; 4,75% em janeiro de 2018 e 4,50% em janeiro de 2019.

 

 

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