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Preso no DF, traficante ligado ao PCC movimentou milhões de reais em drogas

Grupo movimentou ao menos R$ 100 milhões e agia enviando drogas para a Europa. Grupo contava com aviões e helicópteros

atualizado

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Minotauro, integrante do PCC
1 de 1 Minotauro, integrante do PCC - Foto: null

Um importante membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi alvo da Polícia Federal nesta terça-feira (18/8). Trata-se de Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, conhecido como Minotauro (foto principal). Ele está preso na Penitenciária Federal de Brasília e foi alvo de outro mandado de prisão, dessa vez, expedido pela 4ª Vara Federal em Pernambuco.

A PF investiga um esquema sofisticado de tráfico internacional de drogas. Com ramificações em 12 estados e no Distrito Federal, a organização criminosa contava com helicópteros, carros de luxo e movimentou, ao menos, R$ 100 milhões.

Minotauro era uma das lideranças. Além do tráfico, ele está envolvido em mortes de autoridades pelo país, incluindo de um brasiliense que trabalhava como policial civil em Mato Grosso do Sul. E com a fuga de presos do grupo no Paraguai.

Ao todo, os agentes cumprem 50 mandados de prisão e 139 de busca. A ação, batizada de Operação Além do Mar, mobilizou 630 policiais. A Justiça Federal também determinou a apreensão de sete aviões, cinco helicópteros, 42 caminhões e 35 imóveis, além do bloqueio de R$ 100 milhões.

Veja imagens da operação:

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Os mandados são cumpridos em Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal.

Grupos autônomos

A PF identificou quatro organizações criminosas autônomas — três delas em São Paulo e uma em Pernambuco —, que atuavam de forma conjunta, para enviar a droga para Europa. De acordo com a corporação, toneladas de cocaínas foram exportadas pelos portos brasileiros, principalmente de Natal.

Os investigadores observaram um esquema de operação dividido em três fases: internação da droga vinda do Paraguai, transporte interno para regiões de embarque marítimo e envio internacional.

Segundo a PF, um grupo estabelecido em São Paulo promovia reiteradamente a internação de cocaína pela fronteira com o Paraguai, transportando-a via aérea até o estado paulista e distribuindo-a no atacado para organizações criminosas estabelecidas no Brasil e na Europa.

O segunda, estabelecido em Campinas (SP), parceira da anterior, recebia a cocaína internalizada no território nacional para distribuição interna e exportação para Cabo Verde e Europa. A terceira organização, de Recife, é integrada por empresários do setor de transporte de cargas, funcionários e motoristas de caminhão cooptados e provê a logística de transporte rodoviário da droga e o armazenamento de carga até o momento de sua ocultação nos containers.

Banco paralelo

A quarta organização criminosa, estabelecida na região do Braz, na capital paulista, atua como banco paralelo, disponibilizando a rede de contas bancárias (titularizadas por empresas fantasma, de fachada ou em nome de laranjas) para movimentação de recursos de terceiros, de origem ilícita, mediante controle de crédito e débito, cujas restituições se dão em espécie e a partir de TEDs, inclusive com compensação de movimentação havida no exterior (dólar-cabo).

Durante a fase sigilosa das investigações foram presas 12 pessoas e apreendidas mais de 11 toneladas de cocaína, no Brasil e na Europa, relacionados ao esquema criminoso.

Entre esses presos estava um grande traficante que permaneceu foragido da justiça brasileira por 10 anos e era procurado pela Polícia Federal e pela National Crime Agency (NCA), do Reino Unido. Ele foi detido em Jundiaí (SP) em março de 2019.

As investigações foram iniciadas em 2018 a partir de informações difundidas à Coordenação Geral de Prevenção e Repressão ao Tráfico de Drogas (CGPRE), da Polícia Federal pela NCA, como resultado de parceria estabelecida para reprimir o tráfico de cocaína destinada à Europa.

A PF ressaltou que mesmo diante da situação de emergência de saúde pública e o isolamento social imposto, o esquema criminoso não foi interrompido, tendo sido apreendidos entre os meses de março e julho deste ano mais de 1,5 tonelada de cocaína.

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