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Perícia: as mentiras que os seriados contam

Aquelas cenas de CSI podem até ser muito legais, mas nem tudo o que você vê ali acontece de verdade

atualizado

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CSI / Divulgação
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A pedido do Metrópoles, peritos do Distrito Federal listaram os absurdos que já viram em seriados de tevê que abordam a atividade forense. Confira abaixo:

– Tocar provas na cena do crime sem luvas ou com objetos pessoais é um erro imperdoável.

– O número de atendimentos por dia é bem maior do que aparece na TV. A equipe também tende a ser menor.

– Cenas de crime, para serem periciadas, precisam da solicitação de um delegado, de uma autoridade Judiciária, do Ministério Público ou do presidente do Inquérito Policial Militar, o que não elimina a necessidade de mandado judicial em alguns casos. Entrar em propriedade privada sem mandado é crime, mesmo para os peritos.

– Resultados de testes precisam de tempo para sair. A rapidez mostrada nos seriados é coisa de TV. Alguns procedimentos levam dias para serem concluídos. Por aqui, o tempo passa mais devagar.

– Perito é perito. Papiloscopista é papiloscopista. Eles jamais entrevistam suspeitos e testemunhas.

– Os profissionais que estão nos laboratórios não são os mesmos que vão a campo coletar provas. Cada um em seu lugar. É assim que funciona.

–  O perito, após produzir o laudo, se isenta do caso. Nada de ficar acompanhando o episódio até a resolução.

– Ao contrário da TV, não é possível saber o que ocorreu em uma cena de crime apenas ao observá-la. Traçar um perfil do assassino ou decifrar o modus operandi é um trabalho que leva tempo e dedicação.

– A perícia não resolve apenas casos que envolvam mortes. Em Brasília, por exemplo, a maioria dos casos investigados é relacionado a crimes contra o patrimônio.

– Peritos de cenas de crime não conseguem extrair DNA de qualquer superfície ou material. E mais: nem todo DNA está nos bancos de dado da polícia. Aqui no Brasil, apenas em 2012 um projeto de lei determinou a criação de um banco de DNA de criminosos brasileiros.

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