metropoles.com

Jovem que matou universitário na Rodoviária usou drogas antes do crime

Informação é da PCDF. Apontado como autor da facada que tirou a vida de Milton de Souza foi apreendido na terça (29), em Planaltina (GO)

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução
MILTON UNB
1 de 1 MILTON UNB - Foto: Reprodução

O rapaz de 17 anos suspeito de ter matado Milton Junio Rodrigues de Souza (foto em destaque), 19, admitiu à polícia ter consumido álcool e entorpecentes antes de esfaquear o estudante da Universidade de Brasília (UnB). A informação é do delegado Vicente Paranahiba Costa Neto, da Delegacia da Criança e do Adolescente (Asa Norte). Segundo Neto, o acusado tinha cinco passagens anteriores, por roubo, furto e tráfico de drogas.

Apontado como autor da facada, o jovem foi apreendido na terça-feira (29/1). Ele estava na casa da mãe, em Planaltina de Goiás. O crime ocorreu na madrugada do último dia 15, por volta das 3h30, na Rodoviária do Plano Piloto.

“Já tínhamos os endereços prováveis dele, apesar de viver na rua, vendendo balinhas e pedindo dinheiro na Rodoviária, assim como a mãe e os irmãos”, contou o delegado. Dois dias depois do crime, um dos irmãos do suspeito foi apreendido após roubar um pedestre na rodoviária.

À polícia, o adolescente negou ter sido o autor da facada que matou Milton e acusou um adulto envolvido no crime. No entanto, testemunhas desmentiram a versão e apontam o rapaz como responsável pela agressão que resultou na morte do universitário. O suspeito foi encaminhado a uma unidade de internação provisória.

Motivo fútil
No último dia 15, policiais civis prenderam o morador de rua Adriano Ferreira dos Santos, 34, que também é acusado de envolvimento na morte de Milton.

De acordo com a investigação, o morador de rua, recém-chegado ao Distrito Federal, teria pedido um isqueiro emprestado para a vítima. Além do objeto, Adriano Ferreira dos Santos também queria um gole da cerveja que o estudante carregava.

“No depoimento, o preso disse que Milton se recusou a dar a bebida e xingou a mãe dele, dando início a uma discussão com troca de ofensas. O adolescente teria visto a briga e perguntou ao morador de rua se ele queria bater em Milton. Adriano teria dito que sim. A dupla foi atrás da vítima no banheiro do terminal e iniciou as agressões. Em meio ao embate, o menor pegou uma faca e matou o estudante”, explicou, na época, o delegado adjunto da 5ª Delegacia de Polícia (área central), Gleyson Mascarenhas. Adriano, no entanto, afirmou à polícia que não sabia que o colega estava com a faca.

 

O crime
Uma testemunha que presenciou o assassinato brutal detalhou ao Metrópoles como foi a abordagem criminosa e os momentos de terror. “Ele [Milton] veio correndo e sangrando em minha direção”, contou Ícaro Carlos de Sousa, 19.

Eu tentei estancar o sangue com uma mão e ligar para a emergência com a outra. Depois de 15 minutos, os bombeiros chegaram. Tentaram reanimá-lo por 30 minutos, mas não teve jeito

Ícaro Carlos de Sousa, testemunha

Milton, Ícaro e mais um jovem voltavam de uma festa no Conic. Quando eles passaram pelas escadas rolantes da Rodoviária do Plano Piloto, foram abordados por um morador de rua. O homem pegou o isqueiro do trio. “Ele tomou o isqueiro e ficou mexendo com a gente. Nós não gostamos, mas não fizemos nada. Depois, ele começou a xingar, mandando a gente sair da escada”, disse Ícaro.

Ainda segundo o jovem, após a discussão, um amigo do morador de rua chegou e foi para cima de Milton Junio.

Comoção
Milton Junio foi sepultado no dia 16 de janeiro, no cemitério Campo da Esperança no Gama. O clima de comoção tomou conta da cerimônia. “Tiraram meu menino”, disse, aos prantos, Vera Lúcia Rodrigues, de 41 anos, mãe do universitário.

Familiares e amigos do rapaz ficaram abalados e pediam justiça. Junio era caseiro e evitava confusões, disse a prima. Lembrado pelos amigos como alguém alegre e divertido, cursava o quinto semestre de ciências políticas.

O estudante morou a vida toda com os pais e o irmão mais velho no Gama. No mesmo lote, vivem suas tias, seus primos, seu padrinho e sua madrinha. Patrícia Conceição Souza, 41, faxineira, tia, relata que participou do crescimento e desenvolvimento do sobrinho. Ela reforça a personalidade sossegada de Junio. “Só queremos justiça”, desabafa.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?