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Operação prende pedófilos no DF. Funcionário da Caixa é procurado

Os alvos são pessoas que compartilham e armazenam material contendo cenas de sexo explícito e pornografia envolvendo crianças

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Operação PCDF Pedofilia
1 de 1 Operação PCDF Pedofilia - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) procura um funcionário da área de TI da Caixa Econômica Federal suspeito de pedofilia. Cinco pessoas foram presas na capital, na manhã desta sexta-feira (20/10), acusadas de cometer o mesmo crime. No país, foram mais de 90.

Batizada de Operação Luz na Infância, a megaoperação é realizada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Além do DF, ocorre em 24 estados e mobiliza 1,1 mil policiais em todo o país, sendo 95 na capital, entre delegados, peritos, agentes e escrivães.

São cumpridos nove mandados de busca e apreensão em oito regiões do Distrito Federal. Os alvos são pessoas que compartilham e armazenam material contendo cenas de sexo explícito e pornografia envolvendo crianças e adolescentes. As investigações duraram três meses.

Os suspeitos foram identificados por meio de um levantamento de informações elaborado pela Senasp e pela Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil. Com base nas evidências coletadas em ambientes virtuais, a delegacia instaurou inquérito policial e pediu à Justiça autorização para o cumprimento de mandados de busca e apreensão dos computadores usados pelos criminosos para  armazenar conteúdos pornográficos.

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Imagens impactantes
Os investigadores acreditam que a rede de pedofilia usava a Deep Web para armazenar e compartilhar materiais de pornografia infantil. Os alvos são homens de 20 a 50 anos com os mais  variados perfis: vão desde jovens que moram sozinhos a pais de família. A Deep Web é o nome dado a uma zona da internet não facilmente detectada pelos tradicionais motores de busca, garantindo privacidade e anonimato aos seus navegantes.

Em uma das casas, a polícia encontrou muitas filmagens. “Tudo que foi recolhido será analisado. Queremos descobrir se, além de armazenar, eles também produziam as imagens”, disse a delegada-chefe da DPCA, Ana Cristina Santiago.

Os agentes chegaram a fazer diligências na residência de um homem, mas, ao analisar o local, descobriram que o vizinho do rapaz era quem acumulava material pornográfico criminoso. A confusão ocorreu porque os dois compartilhavam a internet.

Mesmo acostumados a lidar com situações de violação aos direitos de crianças e jovens, os policiais responsáveis pelo caso ficaram impressionados com o conteúdo apreendido.

Em uma análise preliminar, vimos cenas fortes e vídeos impactantes. Havia crianças sem roupas e gravações de abuso sexual

Ana Cristina Santiago, chefe da DPCA

A polícia civil trabalhou com seis equipes, com dois peritos em cada — que faziam uma análise parcial do material recolhido. Os detidos não tinham antecedentes criminais.

Luz na Infância

A operação foi intitulada Luz na Infância “por serem bárbaros e nefastos os crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes”, conforme explicou o Ministério da Justiça. A internet facilita esse tipo de conduta criminosa e, via de regra, os criminosos agem nas sombras e guetos da rede mundial de computadores.

Luz na Infância significa propiciar às crianças e adolescentes vítimas de abuso e violência sexual, o resgate da dignidade, bem como, tirar esses criminosos da escuridão, para que sejam julgados à luz da Justiça.

Nota da Caixa
Em nota, a Caixa esclarece “que informações sobre eventos criminosos são repassadas exclusivamente às autoridades policiais, e ratifica que coopera integralmente com as investigações dos órgãos competentes”. “O banco vai tomar todas as providências de abertura de processos disciplinares, apuração de responsabilidades e afastamentos, caso seja comprovado envolvimento do empregado”.

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