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Com déficit nas tropas, GDF prepara concurso para PMs e bombeiros

Segundo o secretário de Segurança Pública do DF, redução das tropas é preocupante e editais deverão ser lançados no segundo semestre

atualizado

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JP Rodrigues/Metrópoles
polícia  militar
1 de 1 polícia militar - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

Faltam aproximadamente 12 mil policiais militares e bombeiros para garantir a segurança nas ruas do Distrito Federal. O déficit de servidores se acentuou com a reforma da Previdência, que acelerou o número de pedidos de reserva nos últimos meses.

Para evitar o comprometimento dos serviços de repressão a crimes, resgates e combate a incêndios, o governo prevê o lançamento de novos concursos a partir do segundo semestre de 2020.

Segundo a Polícia Militar (PMDF), as tropas têm, atualmente, 10.859 homens e mulheres na ativa. O déficit é de 41%, com cerca de 7,8 mil vagas em aberto, que podem aumentar ainda mais. Em 2017, 1.651 militares foram para a reserva. No ano seguinte, o número ficou em 661. Neste ano, saltou para 872, por receio dos efeitos da reforma.

De acordo com o comando da PM, todos os setores da corporação são afetados pela falta de pessoal. “As diretrizes de comando priorizam e enfatizam medidas saneadoras na área operacional, com o emprego e a alocação de policiais para a área operacional, de acordo com as demandas”, argumentou a instituição por nota.

A situação no Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) não é diferente. Em junho deste ano, a corporação registrava déficit de 4,1 mil servidores, segundo os dados mais recentes disponibilizados pela corporação. Em termos percentuais, 42,56% das vagas estão vazias.

Entre combatentes e oficiais, a corporação tem 5,5 mil membros nas tropas, quando deveria contar com 9,7 mil para realizar operações com segurança para a população e os próprios servidores.

Problema grave

Do ponto de vista do secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, o déficit de PMs e bombeiros é um dos problemas mais graves do GDF. Preocupação compartilhada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).

Segundo Torres, no caso da PM, o governo vai chamar os aprovados no último certame. Serão nomeados mais 750 praças e aproximadamente 100 oficiais no início do próximo ano. Em julho de 2020, um novo percentual de candidatos será convocado. Nesse caso, os números vão depender de autorização orçamentária.

“Para o ano que vem, eu ainda tenho a Academia de Policiais Militares garantida, trabalhando o ano inteiro. Então isso me deixa respirar e pensar em um concurso a partir do segundo semestre de 2020”, antecipou Torres, acrescentando que um novo certame para o Corpo de Bombeiros deve ser divulgado no mesmo período.

Fluxo

Para o secretário de Segurança Pública, a reposição de pessoal e material na área “não pode parar”. Na visão do secretário, em vez de o governo apostar em grandes concursos entre longos períodos, o ideal é um fluxo constante de certames, com quantitativos menores. As datas das provas e a quantidade de vagas dos novos certames ainda estão em avaliação.

Em nota, o comando da PM afirmou que espera incorporar 450 aprovados no último concurso em 2021. Para driblar a falta de pessoal, a corporação contratou civis para atividades administrativas, permitindo a escalação de policiais para atividades operacionais.

O Corpo de Bombeiros também foi acionado, mas não havia se manifestado até a última atualização deste texto. O espaço permanece aberto.

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