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Após revelar esquartejamento, homem é jurado por gangue do DF

Jadson de Santana Santos, conhecido como Tochinha, teria falado para conhecidos sobre o crime brutal

atualizado

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PCDF/Reprodução
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1 de 1 tochinha capa - Foto: PCDF/Reprodução

Um dos suspeitos de participar do esquartejamento de Anderson Rocha Alves, 35 anos, no Guará, está jurado de morte pela própria organização criminosa que participa após falar que testemunhou o crime a conhecidos. Jadson de Santana Santos, 26, conhecido como Tochinha, é considerado foragido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Conforme apurado pela 4ª DP (Guará), Tochinha é usuário de drogas e saiu de casa para morar na rua, em uma região chamada de Biqueira, situada em uma área verde entre a linha do trem que passa entre o Guará e o ParkShopping. No dia do crime, ele viu a vítima passando pelo local e presenciou a execução realizada por integrantes da Organização do Mancha, que domina a região.

Poucos dias após o esquartejamento, ele acabou voltando para casa. Na área, para terceiros, contou que uma pessoa conhecida como “Gordinho” tinha disparado contra Anderson. Ele ainda teria dito que não estava aguentando nem o cheiro de churrasquinho sendo feito na rua por lembrar do que tinha sido feito com o morador do Guará.

Após contar o que tinha acontecido, membros da organização criminosa souberam que Tochinha tinha delatado o crime, inclusive para familiares da vítima, e passou a ser jurado de morte pelos chefes da região.

Jadson é conhecido da polícia desde os 16 anos. Ele acumula várias passagens por roubo, furto, receptação, ameaça e uso de drogas.

Motivação do crime

De acordo com o laudo da perícia realizada no computador da vítima, a motivação do crime foi confirmada como falsificação de dinheiro. Segundo a PCDF, Anderson foi morto após pagar com notas sem valor uma dívida que tinha com traficantes.

Anderson também estava envolvido com compra e venda de informações pessoais de terceiros. “Para nossa surpresa, além de ter informações referentes à compra e venda de dinheiro falso, ele tinha CPF, nome, endereço e coisas referentes à clonagem de cartão no computador”, explica o delegado-chefe Ataliba Neto.

 

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Envolvidos seguem foragidos

No dia 4 de agosto, a PCDF chegou a prender três pessoas e cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, em Santa Maria, Recanto das Emas e Guará, por envolvimento no crime.

Rocagiano Rodrigues Cruz, conhecido como Wolverine também foi preso posteriormente.

Pelo menos outras quatro pessoas identificadas ainda não foram encontradas e a 4ª DP pede para que qualquer informação sobre o paradeiro dos suspeitos seja passada pelo 197.

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DNA

Partes do corpo de Anderson começaram a aparecer na estação de tratamento de esgoto da companhia entre os dias 23, 24 e 25 de junho. O material foi encaminhado para análise do Instituto Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) da PCDF. Especialistas confirmaram que todos os fragmentos eram do mesmo cadáver, além de comprovar a identidade do homem.

Um mês após o crime, em 18 de julho, um dos responsáveis pela morte brutal de Anderson também perdeu a vida. Luis Guarino Couto, que seria um dos alvos da operação, acabou morto durante um assalto a um motorista de aplicativo no Paranoá.

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