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Anderson Torres sobre superministério: “Retrocesso”

Secretário de Segurança do DF diz que vê com bons olhos a recriação do órgão cogitada pelo presidente Jair Bolsonaro

atualizado

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JP Rodrigues/Metrópoles
Secretário de Segurança Anderson Torres
1 de 1 Secretário de Segurança Anderson Torres - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, definiu a criação do superministério de Justiça e Segurança Pública, comandado pelo ex-juiz Sergio Moro, como um “retrocesso” e vê com “bons olhos” o possível desmembramento da pasta federal, cogitado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Em entrevista ao Metrópoles na manhã desta quinta-feira (23/01/2020), Torres ressaltou que a criação do Ministério da Segurança Pública era um pleito antigo do Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), atendido pelo então presidente Michel Temer (MDB), em 2018.

“A criação de um ministério específico da segurança pública sempre foi defendida pelo Consesp. O superministério representa um retrocesso”, enfatizou. O presidente Jair Bolsonaro confirmou, nesta quinta-feira (23/01/2020), que estuda a possibilidade de recriar o Ministério da Segurança Pública.

Antes de embarcar para a Índia, o chefe do Executivo disse, porém, que Sergio Moro permanecerá no comando do Ministério da Justiça, caso resolva desmembrar a outra pasta.

“Se for criado, daí ele [Sergio Moro] fica na Justiça. É o que era inicialmente. Tanto é que quando ele foi convidado, não existia essa modulação de fundir com o Ministério da Segurança”, explicou o mandatário do país ao deixar o Palácio da Alvorada. E ainda emendou: “É estudado por Moro, mas lógico que o Moro deve ser contra”.

Nessa quarta-feira (22/01/2020), um grupo de secretários de Segurança, incluindo Anderson Torres, se reuniu com o presidente para levar esse pleito. Há reclamação sobre a indisponibilidade do ministro Moro em atender os integrantes do Consesp e a falta de avanço no que diz respeito às políticas de segurança pública. O principal nome cotado para assumir o possível novo cargo é o do ex-deputado Alberto Fraga (DEM), amigo de Bolsonaro.

No DF, o governo se queixa de falta de informações acerca do Presídio Federal de Brasília. Na quarta-feira (22/01/2020), o governador Ibaneis Rocha (MDB) subiu o tom e criticou Moro mais uma vez: “Aqui não é republiqueta de Curitiba”.

“Erro”
O assunto repercute fora dos poderes Executivo e Legislativo. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se manifestou também nessa quarta-feira (22/01/2020). Segundo o democrata, foi um “erro do próprio governo” de Jair Bolsonaro acabar com o Ministério da Segurança Pública.

“Eleito com a pauta da segurança pública, acabar com o ministério foi uma sinalização ruim para o próprio governo”, argumentou Maia.

Para o deputado, se Bolsonaro decidisse recriar a pasta sinalizaria prioridade ao tema, que precisa de políticas públicas e ações pensadas para todos os estados. O presidente da Câmara afirmou ainda que, se o ministério for recriado, não necessariamente gerará novas despesas à União.

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