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Terapeuta do DF cria aparelho para reabilitação muscular no pós-Covid

Equipamento de baixo custo auxilia pacientes que foram intubados no processo de fortalecimento muscular após o período de internação

atualizado

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Breno Esaki/Agência Saúde-DF
paciente com Covid-19 faz exercícios após ser extubada
1 de 1 paciente com Covid-19 faz exercícios após ser extubada - Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

A terapeuta ocupacional Bruna Crystine criou um mecanismo que ajuda na recuperação de pacientes internados por complicações ocasionadas pela Covid-19. De acordo com a responsável técnica do Hospital de Campanha do Autódromo, o aparelho auxilia nos casos graves relacionados à doença.

“Criei este recurso para trabalhar a parte de motricidade fina (capacidade de utilizar os músculos das mãos e dos dedos para realizar atividades gerais) e a preensão, que é a habilidade de pegar objetos com os dedos, como uma colher ou um comprimido”, explica.

O dispositivo é composto por um círculo de plástico com velcro e elásticos. Ele estimula os músculos dos dedos e das mãos, provocando uma contração nos membros superiores.

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Segundo a profissional, o objetivo é o fortalecimento dessa parte do corpo para que os pacientes recuperem a amplitude e os movimentos das mãos, dedos e falanges para, assim, voltarem a realizar os gestos que envolvam todas as articulações.

Bruna afirma que o projeto traz resultados se aplicado da forma correta. “Trabalhando de forma correta e objetiva, com acompanhamento constante, conseguimos reabilitar o paciente”, reforça.

Ela acrescenta que “é um diferencial na recuperação da pessoa. Imagine como é a rotina sem ser capaz de escovar os dentes, pentear os cabelos ou comer? Portanto, é um tratamento de grande impacto na qualidade de vida”, pontua.

O aparelho tem a vantagem de ser uma alternativa de basto custo, além de apresentar evolução no quadro dos pacientes em pouco tempo. Como é o caso de Fábia Nascimento, 32 anos, que ficou intubada por 11 dias e foi extubada em 1º de outubro. Ao despertar, ela logo iniciou os cuidados com a terapeuta do hospital de campanha.

“Estou há 15 dias fazendo as sessões de terapia e já tive várias conquistas, já consigo pentear os cabelos, comer e beber sozinha, me sentar sem ajuda, e até passar creme nas pernas. Não tinha força nos membros e com a ajuda da terapia e a atenção da terapeuta Bruna, sei que minha próxima conquista será ficar de pé e caminhar”, relata a paciente.

A intenção de Bruna é que essa experiência sirva como exemplo para a difusão do aparelho nos demais hospitais de campanha do DF.

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