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Sem aparelho para cirurgia, médico dá alta a paciente com tumor no DF

Cinthia Gomes foi internada, mas equipamento do Instituto Hospital de Base está quebrado e ela não foi operada. Irmão desabafa

atualizado

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Arquivo pessoal
Tumor crânio Cinthia Gomes
1 de 1 Tumor crânio Cinthia Gomes - Foto: Arquivo pessoal

Mesmo depois de ser diagnosticada com um grave tumor cerebral, a microempresária Cinthia Gomes Araujo, 39 anos, não conseguiu vaga no Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (IHBDF) para ser submetida à cirurgia de retirada do câncer. Diante da situação, o irmão dela, o representante comercial Fernando Gomes, 38, fez um desabafo nas redes sociais no sábado (19/5).

De acordo com Fernando, Cinthia deu entrada no IHBDF em 15 de maio, após receber o diagnóstico de que o tumor tinha alcançado cinco centímetros e ela necessitava de cirurgia com urgência. Segundo o irmão, por causa da doença, a microempresária está perdendo a visão do olho esquerdo e a audição, além de sentir dores de cabeça muito fortes com frequência.

A mulher ficou internada até sexta (18) e, durante os quatro dias na unidade pública, ele conta que a equipe médica do hospital e o neurocirurgião responsável pelo atendimento da paciente tentaram recorrer a um equipamento chamado aspirador ultrassônico, indispensável no procedimento cirúrgico, mas não obtiveram sucesso. Ainda de acordo com Fernando, a família teria sido informada que o aparelho do IHBDF está quebrado há cerca de três anos.

O representante comercial disse que o médico foi obrigado a dar alta para a irmã. “Eu perdi a paciência, pois para ela ser operada, teria que ter esse aparelho. Nós não estamos em boas condições financeiras e já havíamos pagado para ela fazer uma ressonância numa clínica particular porque não poderia ser feita na rede pública. Apelei ao Facebook e contei a história da minha irmã”, disse Gomes.

Segundo o relato em sua página do Facebook, ele diz estar indignado: “Quantas vidas e entes queridos teremos que ver sofrer e até mesmo morrer por incompetência do GDF?”, escreveu na rede social.

“Nós estamos desesperados, pois o médico disse que o caso dela é muito grave. O procedimento é de alto risco e não temos a quem recorrer. Precisamos de ajuda e uma resposta”, acrescentou.

Veja a publicação:

O outro lado
Por meio de nota, o IHBDF informou que para o procedimento da paciente é necessário o uso do aspirador ultrassônico. No entanto, o equipamento está inoperante desde fevereiro de 2018. Como não havia contrato de manutenção vigente, foi necessário abrir um processo de contratação de empresa especializada para consertar o aparelho. “O processo está em andamento e assim que o conserto for realizado, a paciente será chamada para fazer a cirurgia”, explica o texto.

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