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Vacina contra dengue começa a ser testada no Distrito Federal

Cerca de 1.200 moradores de São Sebastião serão voluntários no experimento, uma parceria do Ministério da Saúde com o Instituto Butantan

atualizado

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Daniel Guimarães/ A2img
Vacina dengue
1 de 1 Vacina dengue - Foto: Daniel Guimarães/ A2img

Ministério da Saúde e o Instituto Butantan lançaram nesta quarta-feira (21/12) em São Sebastião a terceira fase dos testes em humanos da vacina contra dengue. Foram investidos R$ 100 milhões para a produção da vacina, que está na terceira e última fase de desenvolvimento pelo laboratório público. A imunização tem potencial para proteger a população contra os quatro vírus da doença, com uma única dose.

A Secretaria de Saúde registrou 19.864 casos confirmados de dengue – doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti – desde o início deste ano. Desses, 17.760 referem-se a residentes de Brasília e 2.104, a de outras unidades da Federação. Vinte duas pessoas morreram.

 

Ao todo, 1.200 moradores, com idades entre 2 e 59 anos, da região administrativa de São Sebastião, deverão participar dos testes. A imunização precisa, ainda, passar pela aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que possa ser produzida em larga escala pelo laboratório e disponibilizada para campanhas de imunização no Sistema Único de saúde (SUS), em todo o país.

Os ensaios clínicos serão conduzidos pelo Núcleo de Medicina Tropical da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o Hospital Universitário de Brasília e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Para o diretor substituto do Instituto Butantan, Marco De Franco, a vacina já demonstrou nas duas fases anteriores segurança e uma boa resposta dos voluntários. “A ideia nessa fase é que esses voluntários recebam a vacina e fiquem expostos à situação de vida normal” explicou o diretor. A perspectiva é que até o final do ano que vem tenhamos os primeiros dados da eficácia da vacina”, completou.

Atualmente, os testes já estão sendo realizados em diversas cidades: Manaus (AM), Boa Vista (RR), Porto Velho (RO), Fortaleza (CE), Aracaju (SE), Recife (PE), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), além de em três centros no estado de São Paulo (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP; Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e Santa Casa de Misericórdia de São Paulo).

Os experimentos envolverão 17 mil voluntários em 13 cidades nas cinco regiões do Brasil. Os resultados da pesquisa dependem de como será a circulação do vírus, mas o Butantan estima ter a vacina contra a dengue disponível em 2018.

Testes
Nesta última etapa da pesquisa, os estudos visam comprovar a eficácia da vacina. Do total de voluntários, 2/3 receberão a vacina e 1/3 receberá placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito. O objetivo é descobrir, mais à frente, a partir de exames coletados dos voluntários, se quem tomou a vacina ficou protegido e quem tomou o placebo contraiu a doença.

Os resultados da segunda fase da vacina já superaram as expectativas em relação à eficácia e segurança, se mostrando superior a outras vacinas já disponíveis, ou em desenvolvimento. Para a imunização, será necessária, apenas, uma dose da vacina, que pode ser aplicada em pessoas de todas as idades, inclusive em crianças.

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