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Após bronca de Ibaneis, Saúde exonera diretora de hospital do DF

Governador cobrou a demissão de gestores da unidade de Sobradinho depois de jovem morrer por falta de socorro, segundo parentes

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hospital de sobradinho
1 de 1 hospital de sobradinho - Foto: Google Street View/Reprodução

A exoneração da diretora do Hospital Regional de Sobradinho (HRS), Cláudia Gomes dos Reis, foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quarta-feira (15/05/2019). A determinação partiu do governador Ibaneis Rocha  (MDB), após Beatriz Viana da Silva, 19 anos, morrer devido a uma parada cardiorrespiratória. Familiares da jovem acusam a unidade hospitalar de omissão de socorro e negligência.

Em agenda pública nessa terça-feira (14/05/2019), Ibaneis cobrou a publicação da demissão da diretoria do hospital no DODF. “Mas, se não confirmar a exoneração dos diretores, eu confirmo a do secretário”, afirmou o emedebista, ao se referir ao titular da Saúde, Osnei Okumoto.

Ele determinou a saída dos gestores após as denúncias sobre falhas no atendimento. Ibaneis pediu apoio aos servidores no sentido de prestarem um serviço de melhor qualidade, e disse que vai mudar diretores sempre que episódios como esse se repetirem.

De acordo com o relato de Wesley Nascimento, marido de Beatriz, o casal esteve no HRS, no sábado (11/05/2019) pela manhã, para que a jovem recebesse assistência, porque sentia fortes dores no estômago. Lá, foram informados de que o atendimento emergencial não estava funcionando, pois só havia um médico disponível, o qual ficou responsável por cuidar dos pacientes que se encontravam internados.

Reprodução/DODF

Ainda segundo o viúvo, com a recusa na prestação do atendimento, ele carregou a mulher nos braços até uma clínica particular próximo ao hospital, a fim de que a esposa recebesse alguma avaliação. Após atendimentos preliminares, o médico percebeu que o local não teria condições de atender a jovem. Wesley voltou ao hospital, sozinho, exigindo socorro.

Durante a espera, Beatriz sofreu mais uma parada cardíaca, foi atendida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao HRS, mas acabou morrendo. O corpo foi levado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), como se o falecimento tivesse acontecido por causas naturais, mas a família pediu que a necropsia ficasse a cargo do IML.

A jovem foi enterrada nessa terça-feira (14/05/2019), no Cemitério de Sobradinho. A família pede “justiça”. Ao anunciar a demissão da direção do HRS, Ibaneis pediu desculpas aos parentes dela.

O que diz a Secretaria de Saúde
De acordo com a Secretaria de Saúde, Beatriz não chegou a entrar no HRS no sábado pela manhã, tendo permanecido no carro enquanto Wesley solicitava atendimento. Com relação à morte da jovem, a pasta afirma que ela chegou com parada cardiorrespiratória, foi realizada manobra de reanimação por 45 minutos, mas não houve resposta.

Segundo a direção do HRS, a unidade decretou bandeira vermelha na sexta-feira (10/05/2019), devido à superlotação da internação. O hospital conta com 22 leitos na Sala Amarela, mas 35 pacientes estavam internados. Na Sala Vermelha, cinco pacientes estavam onde cabem três. Dois médicos atendiam no plantão na sexta à noite e também no sábado (11/05/2019) pela manhã.

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