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Sara Winter passa aniversário presa em cela individual e com banho frio

A ativista completa 28 anos nesta quinta-feira (18/06). Ela está presa temporariamente desde segunda (15/06)

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Igo Estrela/Metrópoles
Sara winter, líder do movimento 300 do Brasil
1 de 1 Sara winter, líder do movimento 300 do Brasil - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Transferida para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, nessa quarta-feira (17/06), a líder do grupo conhecido como 3oo do Brasil, Sara Winter, passa o aniversário atrás das grades. A ativista completa 28 anos nesta quinta-feira (18/06). Ela está presa temporariamente desde segunda-feira (15/06).

Sara foi detida em desdobramentos da Operação Lumus, que investiga atos antidemocráticos e ameaças contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Na Colmeia, a militante está em uma cela individual e não teve contato com as demais presas. Ela também passou por testes para diagnosticar o novo coronavírus, que deram negativo.

Fontes ouvidas pelo Metrópoles dizem que a decisão de mantê-la isolada é estratégica. O objetivo é evitar qualquer tipo de instabilidade dentro da unidade prisional. A bolsonarista também toma banho de sol separadamente no pátio da prisão. “Não há qualquer tipo de regalia. Ela come a mesma marmita oferecida a outras detentas, está em uma cela comum e com banho frio”, disse a fonte ouvida pela reportagem.

Quatro refeições são oferecidas diariamente no presídio: café da manhã, almoço, jantar e ceia. Nesta última, os detentos também recebem uma fruta, ou uma banana, goiaba, maçã ou pera.

Nas redes sociais, a equipe da liderança do 300 publicou sobre a prisão e afirmou que Sara recebeu ameaças de morte por parte de presas. À reportagem, o sistema penitenciário do DF negou qualquer tipo de risco ou ameaça dentro do complexo.

Denunciada pelo MP
Sara foi denunciada pelo Ministério Público Federal por ameaçar o ministro Alexandre de Moraes nas redes sociais. Ela disse que transformaria a vida do ministro em um “inferno” após ela ser incluída no inquérito das fake news.

Em oitiva, a bolsonarista ficou calada ao ser questionada sobre o motivo das ameaças e negou participação no ato que envolveu a queima de fogos em direção ao prédio do STF.

De acordo com a defesa da ativista, Sara teria agido “pelo calor do momento” ao disparar contra Moraes. As ameaças foram feitas minutos após a chegada da PF à casa da bolsonarista, no cumprimento de um mandado de busca e apreensão no inquérito contra as fake news.

Nessa terça-feira (16/06), outros três integrantes do grupo liderado por Sara também foram presos. Eles estavam na mira da PF desde segunda-feira e tiveram a prisão pedida junto à de Sara.

 

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Leia a íntegra da nota da defesa de Sara Winter:

Lamentavelmente Sara Winter foi transferida hoje da sede da Polícia Federal para o presídio feminino do Gama, conhecido como “Colmeia”, sem que seu Habeas Corpus fosse sequer apreciado. Em seu depoimento (15/06), Sara deixou claro que vem sofrendo ameaças de morte oriundas de dentro da penitenciária, sendo, inclusive, informado ao delegado responsável e através de petição à Ministra Relatora do HC impetrado, Carmem Lúcia, requerendo a análise urgente da medida liminar para sua imediata soltura, pois entendem que sua prisão é ilegal, arbitrária e política. 

A defesa informa que até o presente momento não teve acesso sequer à decisão que motivou a prisão temporária, o que entendemos uma grave ofensa ao exercício da ampla defesa, previsto na Constituição Federal, e prerrogativas dos advogados constituídos. O HC foi impetrado no mesmo dia de sua prisão (15/06), mas, até o presente momento não houve qualquer decisão, o que causa absoluta estranheza pela demora.

A defesa está tomando todas as medidas cabíveis e necessárias para que o direito de Sara Winter seja respeitado, bem como às prerrogativas de seus defensores. Por fim, é relevante informar que apenas os advogados abaixo descritos estão habilitados na defesa de Sara Winter, e aduz-se alerta para pessoas que estão utilizando o nome de Sara Winter para realização de “vakinhas” virtuais, com viés arrecadatório, o que não possui qualquer ligação com mesma, e sequer por ela foi autorizado ou requerido.

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