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Rollemberg cassa aposentadoria de servidor denunciado na Pandora

Gibrail Nabih Gebrim, professor da rede pública do DF, integrava o núcleo de arrecadação e distribuição de propina no esquema, segundo MPF

atualizado

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gibrail nabih gebrim
1 de 1 gibrail nabih gebrim - Foto: Reprodução/Internet

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) cassou a aposentadoria de Gibrail Nabih Gebrim, réu na Caixa de Pandora, por prática de atos de improbidade contra os cofres públicos. A decisão foi publicada na edição desta quinta-feira (16/2) do Diário Oficial do DF. Professor aposentado da rede pública de ensino, Gebrim recebia pagamento de R$ 15.882,79 mensais.

Denunciado em 2009 pelo Ministério Público Federal no Inquérito 650, que deu origem à operação Caixa de Pandora, Gebrim é acusado de participar do núcleo de arrecadação e distribuição de propina com dinheiro público comandado pelo ex-governador José Roberto Arruda. Conhecido como Mensalão do DEM, o esquema foi delatado por Durval Barbosa.

Reprodução/DODF

 

Entre os crimes a ele imputados estão formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude à licitação, crime eleitoral e crime tributário.

Ao lado do ex-secretário de Educação José Luiz Valente, Gibrail Nabih Gebrim foi condenado pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) em 2011 por irregularidades nos contratos firmados com a empresa Uni Repro Serviços Tecnológicos, que prestava serviço de cópias de documentos.

 

Uma investigação do corpo técnico do TCDF apontou indícios de superfaturamento no contrato firmado com a empresa, além de irregularidades como falta de correta fiscalização dos serviços prestados e pagamento por cópias não realizadas.

Em 2007, o repasse do GDF para a Uni-Repro foi de R$ 1,1 milhão. No ano seguinte, a empresa passou a prestar serviço também para a Secretaria de Saúde e recebeu R$ 12,1 milhões. Em 2008, outros setores do governo passaram a manter negócios com empresa de São Paulo.

A Uni Repro foi incluída na Operação Caixa de Pandora em virtude de depoimento prestado por Durval Barbosa. Ele disse que todas as negociações na Secretaria de Educação passavam pelo crivo de Gebrim, servidor de carreira da pasta que sempre ocupou altos cargos comissionados ligados a pagamentos.

Em 2014, a 2ª Vara da Fazenda Pública do DF recebeu ação de improbidade administrativa impetrada pelo Ministério Público do DF e territórios (MPDFT) contra Gebrim por conta de outro contrato investigado pela Pandora, assinado com a Info Educacional, no valor de R$ 17 milhões, referente à comercialização de tecnologia, nas áreas de língua portuguesa e matemática.

O Metrópoles não conseguiu contato com Gebrim até a publicação desta reportagem.

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