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Retornando em meio a alta de Covid, CLDF não descarta trabalho remoto

Em meio à terceira onda de Covid-19, a Câmara Legislativa deu início aos trabalhos legislativos de 2022 nessa terça, de forma presencial

atualizado

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Gustavo Moreno/ Especial Metrópoles
Plenário da CLDF visto de cima
1 de 1 Plenário da CLDF visto de cima - Foto: Gustavo Moreno/ Especial Metrópoles

Em meio à terceira onda de Covid-19, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) deu início aos trabalhos legislativos de 2022 nessa terça, de forma presencial. O governador Ibaneis Rocha (MDB) esteve presente na Casa para a solenidade de abertura dos trabalhos.

Ao final da tarde do mesmo dia, porém, um dos deputados distritais deixou o plenário após informar que estava sentindo-se “febril”. Sentado à mesa, Jorge Vianna (Podemos) presidia a sessão quando avisou que não estava bem.

“Vou pedir licença, não vou poder ficar aqui na comissão, porque estou em estado febril, inclusive. Devo ir embora, já fazer o meu exame (de Covid)”, disse.

Diante da alta de casos do novo coronavírus no DF, o presidente da Câmara, Rafael Prudente (MDB) indicou, após a abertura os trabalhos nessa terça, que a volta ao regime remoto não está totalmente descartada. Ao ser questionado sobre o assunto, Prudente afirmou que “a gente está sempre estudando essa possibilidade”, mas que, “a princípio, temos os ambientes controlados”.

“Nós temos um encontro com o pessoal da área da Saúde, mas, a princípio, temos os ambientes controlados. A Casa foi toda sanitizada, o acesso ao plenário está sendo restrito também. Não tivemos grandes casos de Covid aqui na Câmara, é sempre um ambiente muito controlado. Foi a primeira Câmara do país a entrar com medidas restritivas. Portanto, tenho confiança em nossos servidores para cumprir com os protocolos sanitários da forma que tem que ser cumprido”, afirmou.

Nessa terça, a taxa de transmissão do vírus chegou a 1,23, o que significa que 100 pessoas infectadas passam a doença para outras 123. A taxa caiu depois de registrar o recorde de toda a pandemia, em 21 de janeiro, quando bateu 2,61.

Apesar da queda no indicador, 5.798 brasilienses testaram positivo para o novo coronavírus nas últimas 24 horas. Nessa segunda-feira (31/1), o DF registrou o maior número de pessoas infectadas desde o início da pandemia, com 11 mil testes positivos.

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Retomada dos trabalhos na CLDF

A primeira sessão do ano começou às 15h20, no plenário. O governador Ibaneis Rocha (MDB) esteve presente na Casa para a solenidade de abertura dos trabalhos.

Ao iniciar o discurso, Ibaneis lamentou a alta de casos de Covid-19 no DF. “Estamos agora sofrendo junto com os nossos servidores da saúde, que são muitos. São mais de 1,5 mil servidores já acometidos pela Covid”, disse. “Estamos trabalhando no sentido de abrir novas UTIs, novos leitos, para que possamos atender a população”, completou.

Sobre o retorno dos trabalhos na CLDF, o governador pediu que as eleições deste ano “não contaminem os debates da Casa”. “E que as eleições sirvam para o aperfeiçoamento da democracia, que é o que nós precisamos na nossa cidade e no nosso país”, afirmou.

“Estamos vivendo uma dificuldade democrática muito grande por conta do radicalismo. Esse radicalismo tem que sumir, nós temos que pensar nas pessoas. As pessoas são quem mais sofrem com o radicalismo. Temos que ter um olhar para o futuro”, destacou o chefe do Executivo local.

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