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Reservatórios de água do DF em baixa com seca e aumento do consumo

Caesb lançou orientações para que a população faça uso consciente do recurso e “evite crises de desabastecimento”

atualizado

Tony Winston/Agência Brasília

Os reservatórios do Distrito Federal estão em baixa há dois meses e o GDF alerta que consumo de água na capital, nos primeiros quatro meses de 2019, aumentou para níveis próximos dos registrados em 2016, antes da crise hídrica.

A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa) advertiu que apenas na comparação com 2018, o uso de água na capital cresceu 10,1% entre janeiro e abril deste ano. O fim do racionamento ocorreu em 14 de junho do ano passado, após mais de 500 dias, e o aumento no gasto do recurso começou a ser constatado desde então.

Com isso, o nível do reservatório de Santa Maria, que operava com capacidade máxima até o fim de junho, está com 96,6% do volume útil. Já o Descoberto, cheio até 21 de julho, apresentou 89,6% na medição divulgada nesta segunda-feira (26/08/2019).

Quem poupa tem

De acordo com a Adasa, a perda de volume nos dois reservatórios, responsáveis por 80% de todo o abastecimento do DF, era esperada devido ao período de estiagem. A meta traçada pela agência é que o nível do Descoberto caia a até 69% nos últimos dias de agosto, enquanto o de Santa Maria fique em 83% da capacidade no mesmo período.

Apesar do tom de tranquilidade adotado pelo Governo do DF, A Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) emitiu orientações para que a população “evite crises de desabastecimento” e poupe o recurso natural nesse período com poucas chuvas.

Como estratégia de enfrentamento para o período de seca, a Caesb também informou a decisão de poupar a bacia do Descoberto, que perde volume mais rapidamente. Assim, Núcleo Bandeirante, Candangolândia e as quadras de 1 a 5 do Park Way são abastecidas pelo Sistema Santa Maria-Torto desde 27 de junho, e parte de Águas Claras desde 13 de agosto.

Veja orientações do GDF para uso consciente da água:

No banho

  • Em 20 minutos, gasta-se, em média, 120 litros de água;
    5 minutos é o tempo ideal para um banho, quando são consumidos 30 litros de água.

Ao escovar os dentes

  • Torneira aberta continuamente gasta em média 18 litros de água;
    Abrindo e fechando a torneira, o volume é reduzido para 2 litros de água.

Ao lavar a louça

  • Se a torneira ficar aberta continuamente, o gasto é de 240 litros de água;
    Abrindo e fechando a torneira, o gasto passa para 70 litros de água. Recomenda-se fechar a torneira e só abrir quando for enxaguar. Uma torneira correndo normalmente gasta de 8,5 mil a 12,5 mil litros por dia.

Torneira mal fechada

  • Apenas gotejando desperdiça 46 litros de água por dia;
    Fluindo em forma de filete desperdiça de 180 a 750 litros por dia.

Descarga

  • É necessário sempre observar se a válvula da descarga está regulada, se não há furos nos canos e as torneiras da casa estão bem fechadas;
    O desperdício de água pelo ladrão pode chegar a 10 mil litros por dia;
    Descarga comum gasta de 7 a 10 litros.

Limpar calçadas

  • É aconselhável varrer a sujeira em vez de usar mangueiras, pois o gasto médio é de 120 litros de água potável;
    É possível reutilizar na limpeza a água usada na lavagem de roupas.

Instalação de hidrômetros individualizados

  • Reduz o desperdício de água; Faz uma cobrança justa pelo consumo real de cada unidade habitacional; Incentiva o consumo responsável de água e propicia mais atenção aos aspectos de manutenção das instalações hidráulicas, pois, em caso de vazamentos, há um aumento da conta mensal individual, induzindo o morador a tomar providências imediatas

(Com informações da Agência Brasília)






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