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Quem foi Juliano Costa Couto, ex-presidente da OAB-DF que morreu

Velório de Juliano Costa Couto está previsto para as 9h desta segunda-feira (29/4), na Capela 10 do Cemitério Campo da Esperança na Asa Sul

atualizado

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JP Rodrigues/Especial para Metrópoles
Juliano Costa Couto
1 de 1 Juliano Costa Couto - Foto: JP Rodrigues/Especial para Metrópoles

O advogado e professor universitário Juliano Costa Couto (foto em destaque), que morreu nesse domingo (28/4) aos 49 anos, presidiu a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal entre 2016 e 2018. Pós-graduado em Direito Público, Processo Civil e mestre em Direito Constitucional, também atuou como secretário-geral adjunto da OAB-DF.

A causa da morte não foi informada, mas Juliano lutou contra um câncer no intestino descoberto em 2017. O velório está previsto para as 9h desta segunda-feira (29/4), na Capela 10 do Cemitério Campo da Esperança na Asa Sul. O sepultamento será às 11h30.

Nascido em Minas Gerais, formou-se em direito em 1997, na UDF, em Brasília. Logo depois, abriu na capital federal o escritório de advocacia onde trabalhava até atualmente.

O advogado iniciou as atividades de gestão na OAB-DF em 2007, quando se tornou conselheiro.

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Em março de 2017, Juliano recebeu o diagnóstico de um câncer no intestino, passou por cirurgia um mês depois, no Hospital Sírio-Libanês de São Paulo e iniciou a quimioterapia. O procedimento operatório resultou na retirada de 16 centímetros do órgão, que estavam comprometidos.

O advogado era filho de Ronaldo Costa Couto, conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), ex-governador do DF e ex-ministro de governo.

Juliano também deixa a esposa, Aline, e dois filhos.

Legado

O governador Ibaneis Rocha (MDB), presidente da OAB-DF na gestão anterior à de Juliano, compartilhou uma nota de pesar pela perda do advogado. O chefe do Executivo local descreveu o colega de profissão como “um líder incontestável à frente da seccional”, de “competência, equilíbrio e permanente disposição para o diálogo”.

“[Juliano] deixa um legado que haverá de inspirar a reafirmar, a cada dia, o compromisso com o espírito público que nos anima. O nome dele será sempre recordado com saudade pelos amigos, pelas amigas, pela advocacia, pelo direito que ele defendeu e por Brasília, que tanto amou. Aos familiares, deixo os mais sinceros pêsames”, escreveu.

O atual presidente da OAB-DF, Délio Lins e Silva Júnior, também lamentou a morte e decretou luto oficial de três dias na instituição.

“Era um grande advogado, com uma belíssima história dentro da Ordem e, acima de tudo, um amigo querido. Que a família e os amigos possam superar a dor do momento com muita união e amor. Que Deus o receba e o acolha da forma como ele merece”, afirmou.

Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o desembargador Waldir Leôncio Júnior manifestou “profundo pesar” pela morte de Juliano: “O advogado e professor universitário deixa um legado na advocacia brasileira. A Justiça do DF presta solidariedade à família e aos amigos [de Costa Couto]”.

Primeiro vice-presidente do TJDFT, o desembargador Roberval Belinati mencionou a época que deu aula a Juliano na faculdade e que o considerava um aluno “brilhante e alegre”, além de “um dos maiores oradores da classe”. “Foi um dos advogados mais brilhantes do Distrito Federal. […] Deixa muitos amigos e muitas saudades. […] Ser humano do bem”, elogiou.

Por meio de nota de pesar, o TCDF lembrou o trabalho do advogado enquanto servidor da Consultoria Jurídica da Corte: ele atuava com “profissionalismo, dedicação e a admiração dos colegas”. “Que Juliano descanse em paz e que os familiares tenham força e serenidade neste momento de despedida.”

Liderança

Ex-integrante da diretoria da entidade na gestão de Costa Couto, o advogado Cleber Lopes comentou: “Tive a honra de ser diretor da OAB na gestão do presidente Juliano, de quem era amigo e admirador. Que Deus possa confortar o coração da família”.

Amigo, ex-sócio e ex-aluno de Costa Couto, o advogado Bruno Rangel definiu o ex-presidente da OAB-DF com “completo em todas as qualidades dos grandes juristas”.

“Ele sabia como poucos que, por trás das ‘folhas’ do processo, existiam pessoas. Deixou orgulhosos de seus feitos profissionais e pessoais […] a todos, por onde passou. Era capaz de ouvir com atenção e aconselhar sem distinção, das grandes autoridades até funcionários mais humildes”, descreveu Bruno. “Em pouco tempo, deixou um legado, que não o deixará morrer em nossos corações. [Este é] um dia difícil para nós, mas Juliano está em um bom lugar, na casa de Deus.”

A advogada Thais Riedel, apoiada por Juliano ao disputar a presidência da OAB-DF, afirmou que recebeu a notícia com imensa tristeza e que o amigo fará muita falta. “Juliano é um exemplo de vida, um ser humano gentil e solidário que sempre preferiu seguir em grupo do que brilhar sozinho”, começou.

“Um pai amoroso e presente. Um filho honrado, um profissional exímio […], um grande líder […]. Foi uma honra estar ao lado dele nas trincheiras da construção de uma advocacia independente e respeitada. Fará muita falta. E seguirá presente em nossos corações e como um exemplo de ser humano, com quem sempre aprendi muito”, completou Thais.

Amigo de Juliano, o advogado Everardo Gueiros disse que o ex-presidente da OAB-DF “foi uma das pessoas mais queridas do Distrito Federal, tendo encantado a todos por onde passou”.

“Sua partida deixa uma lacuna imensa em nossos corações e na advocacia brasileira. Neste momento de dor, peço a Deus que conforte Aline, Manu, Gustavo, ministro Ronaldo, esposa, familiares e amigos”, afirmou.

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