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Professores de Luziânia decretam greve a partir de segunda-feira

Prefeitura alega que greve dos professores é ilegal e eleitoreira para desgastar o governo próximo às eleições municipais de 2024

atualizado

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Foto colorida de professores reunidos
1 de 1 Foto colorida de professores reunidos - Foto: Reprodução/Instagram

Os professores da rede municipal de Luziânia decretaram greve a partir da próxima segunda-feira (15/4). A decisão foi votada em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) nesta terça-feira (9/4).

A categoria reivindica reajuste salarial de 7% para os servidores, com a correção da tabela do magistério, que, alegam estar defasada em 30 anos. Os professores se reuniram nesta manhã em frente à Igreja Matriz, com cartazes e passeata.

A Prefeitura de Luziânia destacou que a greve é ilegal e “eleitoreira”. Segundo a prefeitura, não há respaldo jurídico nas reivindicações, já que a atual gestão sempre cumpriu com o pagamento do piso da categoria sem necessidade de negociação com o sindicato.

“Inclusive Luziânia foi a primeira cidade do país a reajustar os salários da categoria neste ano de 2024. Também foi concedido bônus aos professores em valores de R$ 9 mil para todos os profissionais da educação em forma de 14ª salário”, informou a prefeitura em nota.

“A greve é oportunista e algo comum em Luziânia em todos os anos de eleição municipal. Uma tentativa de opositores e de pré-candidatos em desgastar o governo, mesmo diante de reivindicações que já estavam encaminhadas, faltando apenas o acordo de valores de forma que garantisse a valorização dos profissionais da educação, bem como a sustentabilidade das contas públicas”, destacou.

Segundo a prefeitura, a revisão do Estatuto do Magistério seria superior a R$ 15 milhões que a expectativa de arrecadação da educação.

Negligência em atestados

A greve ocorreu em um momento de tensão entre a Secretaria de Educação do município e os professores. No final de março, os docentes denunciaram que a pasta estaria punindo os aqueles que apresentassem atestados médicos.

É que, mesmo com o documento, os profissionais não podem usufruir na semana de dois dias livres de coordenação, que são usados para organizar atividades, corrigir provas e até mesmo comprar lembrancinhas em dias comemorativos.

Revoltados, os professores fizeram  três abaixo-assinados contra a Portaria nº 417, publicada em 14 de março, que abriu espaço para esse tipo de manobra.

A Secretaria de Educação municipal, porém, negou que estaria agindo de forma punitiva. O secretário Tiago Machado, disse que há casos de docentes que usam atestados falsos e aproveitam esses dias como folga, em vez de realmente preparar a aula. “A medida é para inibir que atestados falsos sejam apresentados”, disse.

“Estamos vendo um aumento constante em atestados médicos e cada professor que falta é um peso para os alunos. A secretaria se desdobra para conseguir encaixar outros profissionais, substituir e oferecer a educação para o estudante”, afirmou.

 

 

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