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Rollemberg: servidores “vão agradecer muito” o que tenho feito

Em entrevista à Rádio OK, governador diz que saque ao Iprev é “operação boa”, pois o instituto será valorizado com imóveis e ações do BRB

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Para o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), os dois primeiros anos de mandato, marcados por enfrentamentos com o funcionalismo, vão ficar no passado. Um dia, aposta o socialista, os servidores públicos do DF “vão agradecer muito” por “tudo o que ele tem feito” para garantir a sustentabilidade das aposentadorias.

A declaração foi dada em entrevista à Rádio OK na terça-feira (13/12), num trecho em que o socialista foi questionado sobre os saques ao Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev). Em 2015, o GDF usou recursos da reserva para completar salários do funcionalismo. Agora, lançou mão do expediente novamente e retirou R$ 493 milhões para  pagar os vencimentos até fevereiro.

Segundo o governador, a utilização de recursos do Iprev para a remuneração de servidores “é uma operação boa para todo mundo”. Como o GDF vai utilizar parte de ações do Banco de Brasília (BRB) para repor o patrimônio retirado do fundo, Rollemberg vê uma situação onde todos saem ganhando: os servidores receberão em dia, o BRB vai capitalizar e o Iprev estará fazendo um bom investimento .

Imóveis da Terracap
Em 2015, primeira vez em que retirou dinheiro do Iprev, Rollemberg anunciou que a recomposição da reserva seria feita por meio da venda de imóveis da Terracap. Na entrevista de terça, o governador afirmou que as propriedades estão localizadas em algumas das regiões mais valorizadas do DF, e o investimento imobiliário “dá segurança para servidores em aposentadorias futuras”.

No entanto, nem todos concordam com o governador. Quando a medida foi anunciada, entidades que representam o funcionalismo público local criticaram a falta de transparência do governo e ameaçaram recorrer à Justiça para proteger o patrimônio do Iprev.

O Metrópoles também mostrou que alguns dos imóveis utilizados pelo governo para repor os recursos do ano passado têm várias restrições ou baixa liquidez.

TCU
Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) questionou os cálculos feitos pelo Executivo local para a retirada de recursos do Iprev em 2015. Segundo a Corte, ao invés de ter superávit de R$ 1,8 bilhão o fundo pode ter um déficit de R$ 2,4 bilhões. Segundo especialistas, caso os números sejam confirmados, a medida pode comprometer a saúde financeira do Iprev.

Quanto à taxa de administração dos fundos de previdência, aprovada pela comissão de administração do Iprev há pouco mais de um mês, Rollemberg declarou ser favorável à cobrança. A medida prevê a retirada de 1% de tudo o que for arrecadado pelo fundo para custear os serviços, hoje pagos com verbas do Tesouro. Se a medida valesse em 2015, a taxa corresponderia a R$ 12 milhões. Essa medida, contudo, precisa do aval da Câmara Legislativa.

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