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Polícia Civil do DF investiga fake news publicadas contra Chico Leite

Postagens dizem que distrital seria favorável à prisão do juiz Sérgio Moro. Apuração aponta que aliado dos Faraj seria co-autor de boatos

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Chico Leite
1 de 1 Chico Leite - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Pré-candidato ao Senado Federal pela Rede, o deputado distrital Chico Leite entrou com um processo contra o Facebook para a plataforma retirar do ar fake news envolvendo seu nome. Uma das postagens compartilhadas na rede social dá a entender que o parlamentar havia pedido a prisão do juiz Sérgio Moro, responsável pelo primeiro pedido de prisão contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outra sugere: o distrital seria “a favor da ideologia de gênero nas escolas”.

Os temas das publicações são polêmicos e, na visão do distrital, têm a clara intenção de interferir no pleito eleitoral. O caso é apurado pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, da Polícia Civil do DF.

Segundo investigações preliminares, as publicações – que atingem também o senador e pré-candidato à reeleição Cristovam Buarque (PPS) – seriam de autoria de apoiadores do também pré-candidato ao Senado Federal Fadi Faraj (PRP), líder da Comunidade Cristã Ministério da Fé e irmão da distrital Sandra Faraj (PR).

Um dos perfis responsáveis pela publicação – Brasília é de direita – é atribuído a Renato Lúcio de Lima Freitas. Ele é apontado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em recente inquérito, como aliado da distrital Sandra Faraj. Por ter compartilhado os boatos, o ator Alexandre Frota também é alvo da investigação.

Confira as postagens:

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“Antigamente, as pessoas de bem tinham um grande adversário, o poder econômico. Nesta eleição, terão mais um, as fakenews. Eu tenho uma luta antiga pela ética na política e pela punição de corruptos. A Rede e eu temos inclusive moção de apoio à Lava Jato”, disse Chico Leite. “Como um procurador de Justiça pediria a prisão de um juiz que manda prender corruptos? Isso só pode ser saído de uma mente doentia”, irritou-se o distrital.

Procurados, o pastor Fadi Faraj não retornou contato com o Metrópoles. Já a deputada distrital Sandra Faraj afirmou, via assessoria, que Renato Lúcio de Lima Freitas não é servidor do gabinete e não possui qualquer vínculo formal com a parlamentar. Além disso, sustenta que a distrital já foi vítima de fake news e não compactua com esse tipo de prática.

O suposto responsável pelo boato não havia sido localizado até a última atualização desta reportagem.

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