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No DF, PSB faz última tentativa para conquistar o “partido irmão”, PDT

Legenda de Rodrigo Rollemberg divulgou nota de apoio ao pedetista Ciro Gomes à Presidência da República uma hora antes da convenção da sigla

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
O presidenciável Ciro Gomes (PDT) e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) se cumprimentam em encontro. Ambos sorriem e usam terno - Metrópoles
1 de 1 O presidenciável Ciro Gomes (PDT) e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) se cumprimentam em encontro. Ambos sorriem e usam terno - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Agarrado a um fio de esperança para conseguir aliança com o PDT-DF, o PSB, partido do governador Rodrigo Rollemberg, divulgou nota, na manhã deste sábado (4/8), reafirmando seu apoio ao candidato da legenda ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes.

O texto foi distribuído uma hora antes da convenção regional do PDT, marcada para começar às 10h. O partido está rachado no Distrito Federal e não há consenso sobre uma eventual candidatura própria ou a quem apoiar na corrida ao Buriti.

No último gesto para conquistar os pedetistas brasilienses, a sigla de Rollemberg disse em nota que “reitera o seu apoio à candidatura de Ciro Gomes para a Presidência do Brasil, pelo partido irmão, o PDT”.

O texto continua rasgando elogios a Ciro: “É o candidato que melhor se preparou para os desafios que enfrenta o país. Tem os melhores diagnósticos e as proposições mais consistentes e passíveis de construir consensos capazes de realizar a Nação justa e equânime que sonhamos”.

E finaliza: “Com Ciro presidente do país e Rollemberg governador da capital da República, certamente o Brasil encontrará o caminho da paz social e da prosperidade”.

Racha
Como mostrou o Metrópoles nessa sexta (3), depois de três horas de reunião, bate-boca e irritação, o comando regional do PDT não chegou a um consenso em encontro prévio à convenção. A legenda cogitou o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle, e o ex-deputado distrital Peniel Pacheco como pré-candidatos, porém abriu mão do cabeça de chapa. Agora, a corrida é para conseguir se encaixar em alguma coligação.

O PDT chega à sua convenção regional sem ao menos um entendimento. O caminho mais provável é a união com a chapa de Eliana Pedrosa (Pros) e Alírio Neto (PTB).

“Foi uma chuva de verão. Regou a esperança de uma nova forma de fazer política, mas não resistiu à secura do fisiologismo”, afirmou Peniel Pacheco, que deixou a reunião na sede do PDT antes de as discussões terminarem. Ele ficou irritado com a retirada de sua candidatura.

“Pessoalmente, não desisti. Se não aconteceu, é porque ‘fui desistido’, apesar de todas as garantias dadas de que a candidatura era para valer. Também não aceitarei disputar qualquer outro cargo em qualquer outra coligação”, disparou Peniel. Ele se sentiu traído.

O deputado distrital Reginaldo Veras disse ter “odiado” o encaminhamento. “Foi aprovado que não teremos candidatura própria. Ir com a Eliana ainda não está certo, mas, se for, farei campanha contra. Isso é ferir minhas bandeiras políticas e do PDT”, disparou o parlamentar.

Contrariando todos os membros da Executiva, o presidente regional do PDT, Georges Michel, minimizou e disse que o martelo ainda não foi batido. “Foi decidido não decidir. Essa reunião foi para organizar a convenção. Conversamos sobre coligações. Nós falamos que temos a candidatura do Peniel e que precisamos viabilizar a chapa”, ressaltou.

Opções
Além da possibilidade de apoiar Eliana e Alírio, nova alternativa para o PDT – considerada como mais difícil – seria entrar no projeto de reeleição do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Por último, uma composição com o deputado federal Rogério Rosso (PSD), que disputará o Buriti, em chapa com Cristovam Buarque (PPS), o qual tentará permanecer no Senado.

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