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“Não vamos passar o governo no caos que recebemos”, diz Sérgio Sampaio

Déficit só seria de R$ 5 bi se GDF fosse obrigado a pagar reajuste hoje, mas secretário lembra que há decisão do STF favorável ao governo

atualizado

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Suzano Almeida/Metrópoles
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1 de 1 sérgio sampaio - Foto: Suzano Almeida/Metrópoles

A atual gestão do GDF só deixará um déficit de R$ 5 bilhões para a futura administração caso seja obrigada a pagar, ainda este ano, a terceira parcela do reajuste dos servidores públicos locais, que deveria ter sido incorporada aos contracheques em 2015, somando os retroativos. A informação é do secretário-chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio.

O secretário convocou a imprensa na tarde desta terça-feira (13/11) para rebater as declarações do governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). O emedebista disse, na segunda (12/11), que assumirá o Palácio do Buriti com uma dívida grande herdada do governo Rodrigo Rollemberg (PSB).

Segundo Sampaio, a questão do reajuste está judicializada no Supremo Tribunal Federal (STF), com entendimento favorável ao GDF, que argumenta não ter recursos para quitar o compromisso.

De acordo com o secretário, o GDF tem a seu favor uma decisão liminar dada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que desobriga a atual gestão a pagar o reajuste dos servidores, dado ainda no governo Agnelo Queiroz (PT).

O secretário disse, também, que o atual governo não fechou o balanço, mas “deve entregar as contas em equilíbrio”. Sampaio não detalhou como estará o caixa, mas afirmou que o GDF “está cancelando despesas” em prol do equilíbrio financeiro.

Sampaio assegurou que a situação será bem diferente da encontrada pela equipe de Rollemberg quando assumiu o GDF: naquele época, disse o secretário, o déficit deixado por Agnelo foi de R$ 6,6 bilhões.

“Nem de longe vamos entregar o caixa dessa forma. Quando o governador [eleito] fala isso, temos a obrigação de esclarecer que não é verdade. Pagamos um preço político muito alto, pois parece que vamos passar o governo no caos que recebemos, mas não vamos”, disse Sampaio.

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